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Desventuras / Múmia

Do Egito ao Chile: Veja 5 múmias que entraram para a História

No fascinante mundo da arqueologia, descoberta de múmias chamam atenção ao redor do mundo; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 13/07/2024, às 10h00

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Múmias de Ramsés II, do Homem de Tollund e de Ötzi, o Homem de Gelo - Divulgação / Divulgação/Museu Silkeborg / Divulgação/Discover Magazine
Múmias de Ramsés II, do Homem de Tollund e de Ötzi, o Homem de Gelo - Divulgação / Divulgação/Museu Silkeborg / Divulgação/Discover Magazine

Quando se trata de estudar o passado, a arqueologia se prova um campo de estudo especialmente interessante e que salta aos olhos, revelando o passado de antigas culturas e sociedades.

Descobertas importantes já foram feitas desde as antigas e gloriosas civilizações da História, como os mesopotâmicos, os egípcios e os romanos, até civilizações menores dizimadas com a chegada de outros povos, como mesoamericanos e africanos.

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No importante trabalho dos arqueólogos, as múmias chamam atenção. Afinal, como não se surpreender ao descobrir técnicas de preservação de cadáveres tão avançadas? Com isso em mente, confira a seguir 5 múmias descobertas pelo mundo que entraram para a História:

1. Ötzi, o Homem de Gelo

Múmia de Ötzi, o Homem de Gelo / Crédito: Divulgação/Discover Magazine

Era setembro de 1991 quando o casal de alpinistas alemães Helmut e Erika Simon descobriu, em meio a um trajeto entre a Áustria e a Itália, o que pensaram ser o cadáver de um aventureiro que falhou naquela difícil travessia congelante. No entanto, quando o corpo foi analisado, pesquisadores descobriram que aquele, na verdade, era um homem que viveu há mais de 5 mil anos na região.

Apelidado de Ötzi, ele viveu na região entre 3350 a.C. e 3100 a.C., e teve seu corpo preservado justamente graças ao frio extremo da região. Morto aos 46 anos, o "Homem do Gelo" foi importante para compreender o passado dos povos daquela região durante a Idade do Cobre, quando a Europa começava a desenvolver hierarquias sociais complexas.

Com ele, também foram preservados, surpreendentemente, os restos de suas últimas refeições no estômago: carne de íbex, um tipo de bovídeo caprino. A morte, por sua vez, foi violenta: acabou atingido por uma flecha e ainda apresenta um ferimento na cabeça, repercute o Live Science.


2. Rei Tutancâmon

Fotografia tirada durante a descoberta da tumba de Tutancâmon / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Quando falamos de múmias, é impossível não direcionar o pensamento para o Egito Antigo. Afinal, os egípcios entraram para os livros de História com suas impressionantes técnicas de mumificação, e indiscutivelmente conseguiram desenvolvê-las com êxito, permitindo que até hoje possamos observar pessoas que viveram há milênios.

Uma das múmias mais famosas já encontradas é a do rei Tutancâmon. Também lembrado como "faraó menino", ele encontrou seu fim jovem, com apenas 19 anos. 

Em sua tumba, os profissionais se depararam com uma grande coleção de bens funerários (surpreendentemente sua tumba nunca foi saqueada), e foi descoberto em 1922 no Vale dos Reis, no sul do Egito.


3. Homem de Tollund

O Homem de Tollund / Crédito: Getty Images

Em 1940, foi encontrado em um pântano, na Dinamarca, o corpo de um homem em um impressionante estado de conservação. Chamado de Homem de Tollund, ele viveu na região durante a Idade do Ferro, entre cerca de 405 a.C. e 380 a.C..

Assim como Ötzi, também foi possível encontrar restos de sua última refeição — um mingau de cevada e peixe —, e sua morte também foi premeditada, tendo sido enforcado até sufocar.

No entanto, neste caso, a morte possivelmente não foi um mero ato de violência, mas sim parte de um ritual, visto que ele foi colocado em repouso com cuidado, em posição fetal e com os olhos e boca devidamente fechados — além disso, neste período, o mais comum era que os mortos fossem cremados.

Segundo o Museu Silkeborg, que exibe o Homem de Tollund, ele morreu quando tinha entre 30 e 40 anos, e devia ter pelo menos 1,63 metros de altura. Também usava um gorro de pele de carneiro e um cinto de couro; sem mencionar que foi encontrado ainda com a corda que o enforcou amarrada em volta do pescoço.


4. Ramsés II

Múmia de Ramsés II / Crédito: Divulgação

Enquanto Tutancâmon encontrou seu fim bem jovem, Ramsés II foi lembrado pelo oposto. Em longos 66 anos de reinado, ele foi o responsável por uma série de expansões territoriais e campanhas militares bem-sucedidas no Antigo Egito, fazendo com que seja lembrado também como Ramsés II, "O Grande".

Sua múmia foi descoberta em um túmulo coletivo de Deir el-Bahari no ano de 1881. Ramsés II tinha mais de 1,80 metros de altura quando morreu, por volta dos 90 anos.

Pesquisas mais recentes sugerem que ele sofria de uma condição óssea chamada hiperostose esquelética idiopática difusa, que deixava os ligamentos próximos de sua coluna endurecidos, o que reduzia sua flexibilidade. A múmia pode ser observada ainda hoje no Museu Nacional da Civilização Egípcia, do Egito.


5. Múmias Chinchorro

Antigas múmias da civilização Chinchorro / Crédito: Foto por Cratón via Wikimedia Commons

Surpreendente, as Múmias Chinchorro são próximas de nós: foram encontradas no território do atual Chile, datando 7 mil anos, ou seja, 2 mil anos mais antigas que as múmias egípcias.

Os órgãos eram removidos, os músculos retirados dos ossos, e, então, os corpos eram remontados com matéria vegetal e argila, substituindo as entranhas removidas. Já a pele era pintada de preto ou vermelho, e eram inseridas perucas de cabelo humano e máscaras de argila esculpidas.

Sabe-se que o antigo povo Chinchorro viveu no Deserto do Atacama, mas não existem registros escritos deles. Por isso, esses mortos bem preservados servem como um importante objeto de estudo para compreender melhor as crenças e culturas deste povo.

Segundo os pesquisadores, a civilização costumava honrar todos os seres humanos, contribuindo ou não para a sociedade, prestando grande atenção a todos os mortos, havendo múmias até mesmo de crianças natimortas.