Entenda o motivo pelo qual o nome da importante figura histórica encontra-se em dois locais diferentes
José Bonifácio de Andrada e Silva faleceu no ano de 1838, aos 75 anos de idade, na cidade de Niterói. Na época, o Patriarca da Independência, foi velado na Igreja Nossa Senhora do Carmo, no estado do Rio de Janeiro, tendo sido embalsamado e exposto na capital posteriormente. Mais tarde, o corpo foi enviado a Santos, cidade natal do político, onde foi enterrado.
Contudo, muitas pessoas que visitam o Cemitério da Consolação, localizado na capital paulista, já se depararam com um segundo túmulo que, conforme indicado em sua placa, seria de José Bonifácio.
Para entendermos essa grande confusão, é necessário retomar alguns fatos que ocorreram após a morte do estadista.
De acordo com o portal São Paulo Antiga, quando José Bonifácio morreu, sua filha Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada determinou que o corpo fosse transferido para a capela-mor da Igreja do Convento de Nossa Senhora do Carmo, no litoral paulista.
O túmulo permaneceu sem qualquer identificação por mais de três décadas, situação que veio a mudar somente em 1869, a partir de ação do artista circense Antonio Carlos do Carmo, que mandou fazer uma lápide de identificação para o personagem histórico.
A atitude do artista fez com que as autoridades se atentassem para a necessidade de preservar a memória de José Bonifácio, de modo que, tempos depois, decidiu-se construir um panteão em sua homenagem.
A construção, que teve início em 1921, homenagearia não apenas José Bonifácio, mas também os seus irmãos Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Patrício Manoel de Andrada e Silva.
Mas se os restos mortais do Patriarca da Independência foram levados para Santos, quem então estaria enterrado em São Paulo? A resposta é simples. Alí é local de descanso de um dos sobrinhos do estadista, que recebeu o mesmo nome do tio.
“José Bonifácio, O Moço”, como é conhecido, também atuou na área da política, conquistando os cargos de deputado geral, ministro da marinha e de senador do Império do Brasil, o qual ocupou de 1879 a 1886, ano em que faleceu.
De acordo com o site, o nome idêntico foi uma homenagem que seu pai, Martim Francisco de Andrada, fez ao irmão. Como à época da morte de Bonifácio, o Moço, o Panteão ainda não havia sido erguido, o mesmo teve de ser sepultado no Cemitério da Consolação, ao lado de sua primeira esposa, Adelaide Eugênia de Aguiar Andrada e de dois de seus filhos.
Na saga do imperador, um capítulo menos abordado sobre sua vida é tema do novo episódio do podcast ‘Desventuras na História’.
Narrado por Vítor Soares, professor de História e dono do podcast ‘História em Meia Hora’, o episódio relembra não só a vida pública, mas também a intimidade de Pedro I e a sua saga quando voltou à Portugal.
Confira abaixo!