A construção do complexo custou aproximadamente 2 milhões de reais, e por causa de restrições não atendeu nenhum doente
O secretário-geral do estado de Minas Gerais, Mateus Simões, anunciou que o hospital de campanha construído pelo governo de Romeu Zema, do Partido Novo, será desmontado sem nunca ter recebido pacientes. Simões afirmou que equipamentos serão usados pela rede hospitalar mineira.
O complexo instalado em um grande espaço de eventos de Belo Horizonte custou dois milhões de reais para manutenção e deveria receber pessoas acometidas pela Covid-19. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, a quantia advém de recursos destinados a “danos advindos de desastres sócio-ambientais”, vindos do orçamento da Polícia Militar.
A presidente da Federação de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas, Kátia Rocha, criticou os moldes em que o hospital foi feito, levando em consideração que nenhum dos seus 768 leitos eram para terapia intensiva, somente para enfermaria e estabilização. Em entrevista ao portal G1, Rocha afirmou que o local precisaria de “ serviço de exame e imagem, raio-x e tomografia, para acompanhar os pacientes".
O hospital não recebeu pacientes por conta das condições impostas pelo governo para que doentes fossem internados. Também foi afirmado que somente aceitariam pessoas diante da solicitação de dois hospitais da rede da Fundação Hospitalar de Minas Gerais, o Eduardo de Menezes e o Júlia Kubistchek. Não houve necessidade para nenhum desses locais, então permaneceu fechado.