Embora jovem judia tenha ficado famosa após a publicação de seu diário, a garota nunca viu a dimensão de sua fama e a sua importância para a História
Durante os dias árduos e sombrios da Segunda Guerra Mundial, a adolescente judia Anne Frank escreveu em seu diário o seu cotidiano confinada no Anexo Secreto — hoje em dia um museu localizado em Amsterdã. O diário lhe foi dado em seu aniversário de 13 anos e entre 12 de junho de 1942 e 1º de agosto de 1944 lhe fez companhia durante os dias mais difíceis do conflito sangrento.
Mais tarde, o diário feito com uma capa de pano xadrez, tornou-se uma das maiores obras literárias deste período. Contudo, a jovem nunca viu seu sucesso, pois veio a óbito em 1945, no campo de concentração nazista de Bergen-Belsen.
Ao longo dos anos, a história de Anne Frank se popularizou e sua obra ganhou diversas adaptações literárias e cinematográficas. Entretanto, ainda hoje, algumas dúvidas e curiosidades sobre ela fazem parte do imaginário popular.
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Pensando nisso, o site Aventuras na História selecionou 5 fatos sobre a vida melancólica da jovem judia que marcou a história da humanidade.
Confira abaixo.
De acordo com a BBC, até meados de 2016, os especialistas acreditavam que o Anexo Secreto teria sido denunciado às autoridades nazistas. Contudo, um estudo realizado pela Casa de Anne Frank, levantou uma nova teoria que o local pode ter sido encontrado de maneira despretensiosa.
Dirigida por Gertjan Broek, a pesquisa indicou que os oficiais estariam investigando uma suposta fraude de cupons de alimentos na distribuição do armazém que funcionava no mesmo prédio do esconderijo. Como o local já estava na mira dos nazistas, não foi difícil descobrir os moradores do Anexo Secreto. Entretanto, vale ressaltar que a hipótese de traição nunca foi descartada pelos especialistas.
Aspirante a escritora, Anne Frank dedicava-se integralmente ao seu diário e sonhava que após a guerra seus escritos seriam publicados. A jovem, por sua vez, nunca viu seu sonho ser realizado, mas a sua importância para a história é inestimável.
Em geral, a jovem acordava cedo para tomar café e logo em seguida começava a se dedicar aos estudos e leituras matinais. Quando os funcionários do prédio iam almoçar a família costumava se atualizar sobre a guerra através do rádio.
Já no período da tarde, quando os moradores do esconderijo aproveitavam para dormir um pouco, Anne utilizava o momento de silêncio para escrever em seu diário. Nele a garota expressava seus sentimentos mais profundos, descrevia o cotidiano no Anexo Secreto e denunciava os horrores e avanços do conflito sangrento.
Após os moradores serem descobertos pelos oficiais da SS, eles foram separados e tiveram finais distintos, sendo o único sobrevivente Otto Frank, pai da autora judia.
Anne, por sua vez, foi enviada inicialmente para Auschwitz, mas logo foi transferida para Bergen-Belsen, onde reencontrou sua amiga de infância Nanette Blitz Konig, uma das últimas pessoas a vê-la viva. Segundo a BBC, a sobrevivente disse que a amiga era “praticamente uma morta-viva". As irmãs Frank vieram a óbito em fevereiro de 1945, após contrair tifo. Já os restos mortais das garotas foram destinados a valas comuns da Segunda Guerra.
Uma das perguntas mais frequentes é: Por que Anne deu o nome de Kitty ao seu diário? Conforme apontou a BBC, há um motivo plausível por trás do curioso nome dado pela escritora.
Segundo o veículo, Kitty Francken era, na verdade uma das protagonistas da série de livros “Joop ter Heul”. Em um primeiro momento, a jovem direcionou seus escritos aos personagens da obra, mas após um tempo, decidiu aprimorar o seu diário, visando que um dia ele seria publicado.
Já de imediato respondemos que a resposta é: NÃO.
Ao longo dos anos, muitas pessoas criam Fake News e é dito que o famoso diário teria sido forjado, principalmente por Otto Frank. Existem diversas teorias que apontam que os escritos originais teriam sido alterados, inclusive por Miep Gies, a secretária do armazém.
Contudo, essas e outras teorias mirabolantes foram derrubadas ao longo dos anos. O Instituto para Documentação de Guerra comprovou a autenticidade da obra, derrubando as teses de fraude.