Apesar de descontraída registrando um momento de testes, a saga dos astronautas relembra uma das maiores tragédias envolvendo a história da NASA
Em uma corrida frenética, a Nasa — Agência Espacial Americana — de tudo fez para conseguir realizar o grande feito da humanidade: chegar à Lua. O programa Apollo era a aposta dos Estados Unidos para conseguir levar a humanidade um passo adiante na história, conquistando o feito em 1969, com a missão Apollo 11.
Até chegar nisso, entretanto, episódios trágicos marcaram a corrida espacial, incluindo a morte de pessoas que de tudo fizeram para conquistar tal feito. Um dos mais trágicos envolve os bastidores da Apollo 1, primeiro da companhia a envolver astronautas dentro das cápsulas dos foguetes espaciais.
O que parece resgistrar uma descontraída foto dos astronautas em uma piscina após testes, na verdade, marca justamente os últimos momentos deles em vida. A foto foi tirada em junho de 1966 enquanto Roger Chaffee, Virgil Grissom e Ed White II passavam por inúmeros testes de segurança.
Na imagem que ilustra a matéria, eles treinavam procedimentos de evacuação na água, com um modelo real, na base Ellington AFB. Os procedimentos de evacuação eram necessários para garantir a segurança depois que estivessem propositalmente na água.
Todavia, o episódio nunca aconteceu na prática. A imagem que registra os preparos para um momento de triunfo carrega trágicos bastidores.
A tragédia
Em 27 de janeiro de 1967, os astronautas morreram depois que um incêndio se espalhou rapidamente na cabine de comando durante um momento de testes. Seria o primeiro voo tripulado da Apollo, todavia, os três caíram em desgraça.
Foi uma tragédia que abalou o país. A surpresa foi tamanha que a corrida espacial — por parte dos americanos, claro — estagnou completamente, com audiências no Congresso investigando os envolvidos no caso.
Antes do acidente, a equipe passava por um procedimento em que as condições de voo são simuladas numa máquina. Assim, os astronautas carregavam os equipamentos que seriam usados no dia do triunfo, passando por uma experiência quase que real.
Assim que entraram na cápsula de comando, os três astronautas sentiram um cheiro estranho - que depois ficou comprovado que não tinha conexão com a parte elétrica que causou o incêndio.
Além do cheiro, eles encontraram problemas para se comunicar com a equipe, tanto que um deles até comentou “Como eles esperam que a gente converse com eles da Lua sendo que não conseguimos nem a três prédios de distância?”.
O autor da frase, porém, nunca foi identificado de fato: pouco depois o fogo começaria a surgir. Testemunhas que observaram as câmeras dentro do módulo conseguiram ver White desesperado, tentando alcançar a escotilha, todavia, foi no mesmo tempo que o módulo começou a liberar gases, aumentando as chamas.
Demorou cinco minutos para que a equipe de resgate conseguisse abrir a escotilha. Após finalmente abrirem, não conseguiam enxergar nada além de chamas. O jornal The Washington Post do dia 30 de janeiro de 1967 conta com a descrição do jornalista que conseguiu ver o interior do módulo, com o fogo já apagado.
Na publicação, ele afirma que “parecia o interior de uma fornalha. Parecia mais um compartimento escuro e sujo. As paredes estavam cobertas por um resíduo cinza, típico de fumaça e fuligem, já o chão está coberto de detritos”, relatou.
Walter Cunningham fazia parte da equipe de apoio daquela missão, e relembra que eles tinham feito um teste idêntico na noite anterior. Ele afirma foi pego de surpresa com a notícia do acidente, já que estava trabalhando em outra parte do projeto do lançamento na hora do incêndio.
Cunningham conta: “Quando voltamos do trabalho, havia um cara lá fora, era o chefe assistente do departamento de aviação. Ele nos chamou para nos dizer que eles tinham tido um incêndio enquanto estávamos a caminho de casa e que todos os astronautas morreram, foi um choque para nós”.
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