O menino era o próximo herdeiro ao trono real. Sua partida abalou seus pais, principalmente o imperador — que nunca mais foi o mesmo
No dia 23 de fevereiro de 1845, no Palácio de São Cristovão, no Rio de Janeiro, Dom Pedro II e a princesa Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias choravam de emoção com a chegada de seu novo herdeiro: Afonso Pedro de Alcântara Cristiano Leopoldo Felipe Eugênio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, ou simplesmente, Dom Afonso.
Seguindo as tradições da época, o imperador apresentou o recém-nascido a multidão reunida em frente ao palácio. “Ninguém está mais feliz do que eu com o nascimento do príncipe” dizia Dom Pedro II, emocionado.
A chegada do bebê foi muito propícia para a família real, o pai que era um governante tímido com apenas 19 anos, se tornou mais maduro e seguro de si e, ajudou em seu matrimônio arranjando, trazendo mais harmonia ao casal.
Dom Afonso era o queridinho da corte, assim que nasceu recebeu o título de Príncipe Imperial do Brasil, era o herdeiro aparente ao trono. A criança era muito parecida com seu pai, principalmente os olhos e cabelos.
A perda real
Poucos meses após a chegada de Afonso, o palácio se encheu de alegria com a chegada de outro bebê, uma menininha que recebeu o nome de Isabel e tudo parecia um conto de fadas para a família real brasileira. Até 1847.
Na tarde de 11 de junho, o pequeno, com dois anos, se divertia vasculhando a gigantesca biblioteca do palácio. O que ninguém esperava e que o pequeno herdeiro iria começar a sofrer uma série de convulsões e morrer subitamente.
A notícia da morte do herdeiro deixou o casal devastado. Os pais não estavam preparados para a perda de seu querido filho, inclusive, Dona Teresa Cristina estava naquele momento, em sua terceira gestação e dois dias depois, entrou em parto prematuro de sua segunda filha, Leopoldina.
Legado da morte
Um grande funeral foi feito em homenagem a Afonsinho, como era chamado, três dias após sua morte. A criança foi enterrada no mausoléu da família, no Convento de Santo Antônio.
Dom Pedro II nunca se recuperou da morte de seu herdeiro, e mais tarde de seu outro filho, Pedro Afonso, após não resistir a uma forte febre quando tinha apenas um ano, em 1850.
O imperador achava que a morte de seus herdeiros masculinos era um presságio do fim do sistema monárquico. Apesar de amar muito suas filhas, ele achava que precisava de um herdeiro homem que pudesse assumir o trono. A princesa Isabel era constantemente excluída das decisões do governo. Nem ela, nem sua irmã Leopoldina foram preparadas para governar uma nação.
Parecia que o governante tinha razão com suas premonições, já que no dia 15 de novembro de 1889, foi proclamada a República no Brasil.
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