O céu noturno ondulado de Vincent van Gogh atrai milhões de visitantes anualmente ao Museu de Arte Moderna de Nova York
Luiza Lopes Publicado em 01/09/2024, às 09h00
O céu noturno ondulado do pintor holandês Vincent van Gogh, repleto de estrelas brilhantes e pinceladas intensas, é uma das imagens mais reconhecíveis do mundo da arte. A pintura estampa carteiras, camisetas e até mesmo garrafas de água.
O quadro "Noite Estrelada" ("The Starry Night", em inglês), criado em 1889, cruzou o Atlântico, e hoje atrai milhões de visitantes anualmente ao Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). O caminho desta obra-prima até os Estados Unidos é curioso, e envolve uma história de legado familiar e estratégias de reconhecimento artístico.
É sabido que, durante sua vida, Van Gogh teve pouco sucesso comercial. De fato, ele vendeu apenas um punhado de suas pinturas. Quando o artista faleceu, em 1890, seu irmão mais novo e maior apoiador, Theo van Gogh, herdou todas as obras remanescentes do artista.
Infelizmente, a saúde de Theo se deteriorou rapidamente após a morte de Van Gogh, e ele faleceu apenas seis meses depois. Assim, as obras passaram para as mãos de sua viúva, Johanna van Gogh-Bonger, e de seu único filho, Vincent Willem.
Jo desempenhou um papel crucial na construção do legado do artista. Determinada, ela cuidadosamente vendeu algumas de suas pinturas para colecionadores influentes e museus renomados. Através dessa estratégia, ela conseguiu aumentar a visibilidade e o prestígio do nome de Vincent.
De acordo com o site do Museu Van Gogh, localizado em Amsterdã, foi neste contexto que "Noite Estrelada" encontrou seu caminho para os Estados Unidos. Inicialmente, Jo vendeu a obra para Georgette van Stolk, uma colecionadora de arte de Roterdã, na Holanda. E, em 1941, o destino da pintura tomou um rumo definitivo, quando o MoMA a adquiriu de van Stolk.
Esta aquisição marcou um momento histórico: "Noite Estrelada" tornou-se o primeiro quadro de Van Gogh a entrar para uma coleção de museu em Nova York, simbolizando não apenas o reconhecimento tardio do talento do pintor, mas também sua crescente popularidade internacional.
