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Curiosidades / Maníaco do Parque

Maníaco do Parque: Entenda por que o filme criou uma jornalista na história

Novo filme sobre o Maníaco do Parque tira o serial killer do centro da atenção da narrativa, e acompanha uma jornalista que o investiga

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 23/10/2024, às 10h13 - Atualizado às 10h14

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Silvero Pereira e Giovanna Grigio em 'Maníaco do Parque' - Divulgação/Amazon Prime Video
Silvero Pereira e Giovanna Grigio em 'Maníaco do Parque' - Divulgação/Amazon Prime Video

Na última semana, chegou ao streaming do Amazon Prime Video o filme 'Maníaco do Parque'. Dirigido por Mauricio Eça e com Silvero Pereira dando vida ao famoso serial killer brasileiro que dá nome à produção, o filme mistura fato e ficção para contar detalhes sobre as investigações que o levaram à prisão e sobre sua psicopatia.

O assassino, Francisco de Assis Pereira, ficou conhecido no fim da década de 1990 como "Maníaco do Parque" após o assassinato de 11 mulheres, além de abusar sexualmente de seus cadáveres, no Parque do Estado, em São Paulo.

Ele foi preso em 1998 pelos seus crimes, e sentenciado a 285 anos, onze meses e dez dias de prisão — mas como a legislação brasileira impede que alguém fique preso por mais de 30 anos, ele pode ser solto até 2028.

O filme, embora inspirado em eventos reais, mistura fato e ficção. Um exemplo disso é que duas personagens de destaque na obra, a jornalista Helena Pellegrino (interpretada por Giovanna Grigio) e sua irmã, a psicóloga Martha (Mel Lisboa) nem mesmo existem, e foram criadas para auxiliar a narrativa do filme.

Mudança de foco

A trama de 'Maníaco do Parque', ao contrário do que muitos podem pensar, não possui o assassino como foco em sua narrativa. Aqui, acompanhamos a jornalista Helena Pellegrino, que acaba se tornando a responsável por investigar os crimes do serial killer.

Com essa abordagem, a produção traz uma nova perspectiva sobre os eventos que chocaram a mídia brasileira em 1998, mudando o foco da narrativa para quem investiga, em vez de colocar o assassino em evidência.

Silvero Pereira no filme "O Maníaco do Parque"
Silvero Pereira no filme "O Maníaco do Parque" / Crédito: Divulgação/Amazon Prime Video

Ao Metrópoles, Thaís Nunes, pesquisadora do filme, destacou que é proposital não colocar Francisco de Assis Pereira no centro da história. "Não era possível que mais uma vez ele fosse o dono da narrativa", afirmou ela.

Dessa forma, o novo filme ajuda a humanizar a história, colocando as vítimas e as investigações em evidência.

"A gente escolheu uma protagonista mulher que não existiu, que talvez seja a coisa mais ficção desse filme. A Helena representa uma jornalista que vive numa redação tóxica, machista, e ela, buscando seu lugar ao sol, está ali lutando contra esses homens", afirmou o diretor Maurício Eça ao UOL. "Ela tem uma transformação nessa história. No momento que ela descobre que essa história não é sobre o maníaco, que a história é sobre essas mulheres, sobre essas vítimas".

Giovanna Grigio como Helena em 'Maníaco do Parque' / Crédito: Reprodução/Prime Video

Francisco hoje

Preso em 1998, hoje Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, está com 56 anos, e segue detido na penitenciária de Iaras (SP), sendo um dos assassinos em série mais conhecidos do Brasil.

Apesar de sua condenação de mais de 280 anos, ele pode conseguir liberdade a partir de 2028, visto que presos não poderiam cumprir mais de 30 anos em uma penitenciária, pela legislação brasileira.

O filme 'Maníaco do Parque', já disponível no Amazon Prime Video. Além disso, o documentário "Maníaco do Parque: A História Não Contada", chega ao catálogo da plataforma de streaming em 1º de novembro. 

Leia também:Veja as confissões do Maníaco do Parque após a captura