Com lançamento confirmado para novembro no Brasil, Gladiador 2 se inspira em figuras históricas reais na sequência; confira
Redação Publicado em 15/10/2024, às 13h00 - Atualizado em 16/10/2024, às 07h15
Com estreia marcada para 15 de novembro, o aguardado filme "Gladiador 2" promete intensificar a violência já conhecida pelo público desde o primeiro longa, lançado em 2000 e protagonizado por Russell Crowe.
A sequência, assim como seu antecessor, traz à vida personagens inspirados em figuras históricas da Roma Antiga, desta vez com foco em Lucius Verus.
Interpretado por Paul Mescal, Lucius trilha um caminho semelhante ao de Maximus, sendo injustiçado pelo Império Romano e forçado a se tornar gladiador.
Embora "Gladiador 2" mantenha elementos históricos presentes no primeiro filme, a narrativa é construída em torno de enredos fictícios.
Com isso em mente, confira as figuras históricas que inspiraram os personagens do filme.
Interpretado por Paul Mescal, Lucius é um personagem crucial para a narrativa. No primeiro filme, ele é introduzido como filho de Lucilla e neto do Imperador Lucius Verus I, presente na linha de sucessão ao trono até que eventos políticos alteram drasticamente seu destino.
Em "Gladiador II", Lucius está afastado de Roma e vive em Numídia, no continente africano, até ser capturado pelo exército romano e levado à arena dos gladiadores.
Essa representação difere da história real de Lucius Verus II, que morreu assumiu o trono ao lado do irmão e morreu jovem durante o turbulento período conhecido como Ano dos Cinco Imperadores. Assim, a história que vemos no novo filme é fictícia.
No universo cinematográfico da série "Gladiador", Lucilla, interpretada por Connie Nielsen, é uma figura que desperta interesse devido à sua relação com outros personagens. Inspirada em uma personagem histórica real, Lucilla é retratada como objeto dos desejos de seu irmão, o imperador Cômodo. No entanto, essa representação não possui respaldo histórico e foi criada para intensificar a vilania de Cômodo no enredo do filme.
Ela é apresentada como uma figura central que tenta livrar-se da opressão do irmão e assegurar um futuro melhor para seu filho, chegando ao ponto de arquitetar um atentado contra Cômodo. Este aspecto do filme tem base histórica, já que a figura realmente tentou orquestrar a morte de Cômodo, embora sem sucesso.
Após a tentativa frustrada, ela foi exilada e acabou sendo encontrada e executada pelos homens de Cômodo, uma divergência significativa em relação ao destino que lhe é atribuído na continuação da franquia cinematográfica.
Historicamente, antes desses eventos tumultuosos, a figura gozava de prestígio junto a seu pai, o imperador Marco Aurélio, e a seu marido, Lúcio Vero I, que também era seu tio. Assim, se tornou imperatriz durante o reinado de Lúcio Vero.
No filme, os antagonistas são os co-imperadores romanos Geta e Caracalla, interpretados por Joseph Quinn e Fred Hechinger, respectivamente. Inspirados em figuras históricas reais, esses personagens trazem à tela a complexa relação de rivalidade que existiu entre eles.
Na história romana, Geta e Caracalla eram filhos do imperador Septímio Severo e dividiram o poder após a morte do pai, uma situação que apenas intensificou as tensões entre eles e resultou na fragmentação do Senado romano.
Historicamente, Caracalla tentou dividir o Império Romano para governar separadamente de seu irmão, mas foi impedido por sua mãe, que ainda exercia forte influência política. Posteriormente, orquestrou o assassinato de Geta e impôs um "damnatio memoriae", um decreto que apagava qualquer menção ao nome do familiar dos registros históricos e artefatos.
Após consolidar seu poder, Caracalla liderou uma brutal repressão contra os partidários do irmão. Ele governou sozinho até ser assassinado em 217 d.C.
Outro personagem baseado em uma figura histórica, é Macrinus, que assumiu o posto de imperador após a morte de Caracalla.
Interpretado por Denzel Washington, ele exerce significativa influência política sobre os co-imperadores Geta e Caracala, e nutre a ambição de ascender ao trono romano, não medindo esforços para alcançar esse objetivo, inclusive manipulando Lucius.
A habilidade de Macrinus em se aproximar dos imperadores lhe permite influenciar o cenário político de Roma a partir da arena de gladiadores, ecoando as ações de Maximus no filme anterior.
