Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Maníaco do Parque

Maníaco do Parque: O que revelou o teste psicológico do serial killer brasileiro?

Teste de Rorschach explicou obsessão de Francisco de Assis pelo mesmo padrão de suas vítimas; entenda!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 22/10/2024, às 20h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O Maníaco do Parque - Reprodução/vídeo/Youtube/Brasil Urgente
O Maníaco do Parque - Reprodução/vídeo/Youtube/Brasil Urgente

Na última semana chegou ao catálogo do Prime Video o filme 'Maníaco do Parque', que relata os crimes cometidos pelo motoboy Francisco de Assis, nos anos 1990. 

Francisco foi condenado a mais de 200 anos de prisão por matar 7 mulheres. Os crimes aconteciam no Parque do Estado, na zona sudeste de São Paulo — daí seu apelido. 

Vale ressaltar que, por conta da legislação brasileira, que não permitia que um indivíduo permanecesse mais de 30 anos preso, o Maníaco do Parque pode ser solto a partir de 2028. Atualmente ele está com 56 anos.

Além do filme dirigido por Maurício Eça, os crimes do Maníaco do Parque foram relembrados pelo jornalista Ullisses Campbell, autor da biografia 'Francisco de Assis: O Maníaco do Parque', onde relatou detalhes sobre a personalidade de Francisco!

O modus operandi

Na época em que cometeu seus crimes, Francisco trabalhava como motoboy, mas para suas vítimas ele dizia ser um caça talentos em busca de modelos. Em primeiro momento, o serial killer ganhava a confiança das mulheres demonstrando simpatia e, durante a conversa, prometia uma carreira de sucesso para elas — como trabalhos em uma multinacional de cosméticos. 

Com isso, Francisco dizia às suas vítimas que elas precisavam fazer um ensaio fotográfico e pedia para elas acompanhá-lo até o Parque do Estado, que serviria como cenário para as fotos. 

O Maníaco do Parque durante entrevista - Reprodução/Video

Mas quando chegavam ao local, Francisco as agredia brutalmente e as levavam até uma área conhecida por ele — onde o assassino mostrava os restos mortais de outros cadáveres. Ele as ameaçavam dizendo que elas teriam o mesmo fim caso "não fossem boazinhas", explicou o delegado Sérgio Luís Alves, envolvido na investigação do caso, em depoimento ao documentário 'Investigação Criminal' (também disponível no Prime Video). 

Revelações sobre Francisco

Já em 'Francisco de Assis: O Maníaco do Parque', Campbell faz revelações sobre Francisco através do acesso que ele teve aos laudos do Teste de Rorschach que o criminoso foi submetido na prisão. 

O Teste de Rorschach é um questionário psicológico onde é apresentado 10 pranchas com manchas de tinta que formam imagens simétricas. Ao pedir para um indivíduo descrever cada uma delas, é possível identificar traços de sua personalidade.

No caso de Francisco, relata Ulisses, o teste sugeriu que o serial killer tinha um conflito interno com sua identidade de gênero e autoimagem. Assim, psicólogos acreditam que o Maníaco do Parque escolhia suas vítimas conforme ele desejava ter sido.

Ou seja, o Teste de Rorschach identificou que o Maníaco do Parque se identificava com figuras femininas semelhantes às mulheres que ele violentava. O padrão das vítimas eram mulheres com baixa estatura, cabelos cacheados e consideradas delicadas. 

Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque - Reprodução/Video

"Todo psicopata e serial killer tem um determinado padrão de comportamento", explica o psiquiatra forense Guido Palomba em 'Investigação Criminal'. "Neste padrão de comportamento, destaca-se o tipo de vítima, normalmente sempre de uma mesma faixa etária, normalmente com o mesmo tipo de visual, e normalmente com o mesmo tipo de procedimento na hora de matar".

Isso é típico. Porque isto faz parte de um imaginário pessoal dele. Isso faz parte de uma vivência pessoal dele, ligada a algum tipo de desejo", completou.

Leia também:Maníaco do Parque: Entenda a diferença entre filme e documentário inéditos