Entenda o que isso significou no passado e o que significa nos dias de hoje
Corredor polonês foi o nome dado à faixa de terra transferida da Alemanha para a Polônia, em 1919, pelo Tratado de Versalhes – o acordo de paz assinado após a Primeira Guerra. Ele garantia ao país acesso ao mar Báltico.
“A região fizera parte do Reino da Polônia antes de ser anexada à Prússia entre os séculos 10 e 14 e também entre 1453 e 1772”, diz o historiador Geraldo Cavagnari, da Universidade Estadual de Campinas. “Além disso, a população era, em sua maioria, polonesa.”
No entanto, nenhum governante alemão aceitou as novas fronteiras. Em 1933, o partido nazista assumiu o poder na Alemanha. Nos anos de 1938 e 1939, respectivamente, Áustria e Tchecoslováquia foram conquistadas por Hitler. E em 10 de setembro de 1939 teve início a campanha da Polônia, vencida em duas semanas. As forças armadas alemãs ocuparam a região e todo o território a oeste do rio Bug (quarto maior rio da Polônia) foi anexado à Alemanha.
A porção situada a leste desse rio passou a pertencer à União Soviética. A invasão do país pelo exército nazista de Hitler deu início à Segunda Guerra Mundial. Ao fim dela, a Conferência de Potsdam determinou que os territórios do corredor e de Danzig, a leste, que tinha sido ocupada pelos russos, fossem devolvidos à Polônia – e, assim, o país manteve seu acesso ao mar.
Mais recentemente, o termo corredor polonês ganhou outro sentido. Passou a designar a fila dupla, formada por policiais, por onde os prisioneiros deveriam passar, sendo agredidos fisicamente por ambos os lados.