Encontrado por um soldado francês, o artefato logo se tornou essencial para o entendimento dos hieróglifos do Egito Antigo
Muito além de revelar segredos do passado, as descobertas arqueológicas também ajudam a compreender como funcionavam as antigas civilizações. De fragmentos de argila, até estatuetas de metal, todos os artefatos são inestimáveis para os cientistas.
Em julho de 1799, há 222 anos, o oficial francês Pierre-François Bouchard descobriu o que parecia ser apenas um pedaço de granito, mas que revelou ser uma das peças mais indispensáveis para o entendimento do Egito Antigo: a chamada Pedra de Roseta.
Identificada na cidade de Roseta, a peça viajou milhares de quilômetros até chegar ao Museu Britânico, em Londres, onde hoje surpreende diversas gerações. Antes disso, no entanto, o artefato passou pelas mãos de diversos estudiosos.
Confira cinco fatos sobre o curioso achado:
Com 114,4 cm de altura, a Pedra de Roseta pesa cerca de 760 kg e apresenta o mesmo texto em três grafias diferentes. Enquanto as 14 primeiras linhas foram compostas por hieróglifos, as 32 seguintes foram escritas em demótico e as 54 linhas finais estão em grego antigo — sendo que as 26 últimas linhas estão incompletas.
Segundo a revista Superinteressante, a enorme pedra encontrada no final do século 18 data do ano 196 a.C. Naquela época, o Egito Antigo ainda era controlado por autoridades gregas, durante um período na história do país conhecido como ptolomaico.
Naquele ano de 1799, Napoleão Bonaparte buscava expandir suas rotas da Inglaterra para as Índias e, assim, levou suas tropas até o Egito. Foi assim que o oficial Pierre-François Bouchard acabou encontrando a Pedra de Roseta.
Pouco depois de ficar sob o domínio dos franceses, o fragmento de granito foi reivindicado pelas tropas inglesas. Acontece que, em meados de 1801, a França foi obrigada a abrir mão da peça, que acabou sendo exposta no Museu Britânico.
Décadas depois de ser entregue aos ingleses, a Pedra de Roseta tornou-se a chave para compreender como funcionam os hieróglifos. Isso porque, ainda de acordo com a Superinteressante, as três versões do mesmo texto em diferentes línguas facilitaram a tradução dos símbolos egípcios usados durante mais de 3 mil anos.
No total, estudiosos estimam que existem mais de 3 mil hieróglifos. Foi a partir deles que o inglês Thomas Young identificou o nome de Ptolomeu V entre os textos da Pedra de Roseta. Mais tarde, em meados de 1822, o francês Jean-François Champollion conseguiu decifrar todo o resto da placa, com base nas outras línguas presentes no artefato.
Naquele ano, mesmo sem ter entrado em contato físico com a pedra, Champollion estudou cópias dos textos escritos na placa e chegou a uma conclusão. Comparando as grafias, o francês percebeu que os hieróglifos compõem uma escrita fonética.
De acordo com a Superinteressante, o estudioso compreendeu que cada símbolo egípcio pode ser representado por um, dois ou três sons diferentes. Foi assim que ele traduziu a placa e descobriu que, nela, os antigos egípcios escreveram um texto burocrático, composto por concessões políticas de Ptolomeu V aos seus sarcedotes.
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