Em 19 de junho de 1898, o ítalo-brasileiro Afonso Segreto deu o pontapé inicial do que seria o cinema brasileiro; confira!
Publicado em 20/08/2024, às 12h30
Hoje, o cinema brasileiro é marcado pela presença de uma variedade de filmes renomados, que em alguns casos até mesmo conquistaram reconhecimento internacional. Esse é o caso de obras como 'Cidade de Deus', 'Tropa de Elite', 'O Auto da Compadecida' e 'Central do Brasil' — sendo este último o mais antigo destes mencionados, lançado em 1998.
+ ‘Cidade de Deus’ é o 2º filme não-estadunidense mais assistido do mundo
Porém, embora muitas pessoas pensem que o cinema brasileiro possua uma história recente, a verdade é que a sétima arte nacional surgiu há bastante tempo. Bem mais de 100 anos, para ser mais específico.
Tudo começou no dia 19 de junho de 1898, quando o ítalo-brasileiro Afonso Segreto, a bordo do navio Brésil, enquanto voltava de uma viagem à França, filmou a Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Na Europa, foi onde ele aprendeu as técnicas de filmagem, criadas justamente pelos irmãos franceses Auguste e Louis Lumière.
+ O nascimento do cinema: 124 anos da primeira exibição dos irmãos Lumière
Quando falamos do início do cinema no Brasil, sem dúvida, a data de 19 de junho é bastante significativa. Esta data nos remete a uma manhã de domingo de 19 de junho de 1898, dia e ano em que muitos estudiosos consideram ter acontecido aquela que foi a primeira filmagem no Brasil", afirma Ana Cláudia Melo, professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará, à Agência Brasil.
Infelizmente, hoje não existem mais essas filmagens feitas por Segreto — ou pelo menos, não conhecidas —, mas é possível confirmar que o dia 19 de junho de 1898 foi um marco para o cinema nacional, graças a notícias publicadas no dia 20 de junho daquele ano no jornal Gazeta de Notícias.
Recordar o início do cinema brasileiro é importante pois, ainda segundo Ana Cláudia Melo, "o cinema é estratégico para qualquer país minimamente preocupado com a defesa, com a valorização e coma preservação da sua identidade cultural. Podemos dizer, e essa é a minha opinião, que o cinema brasileiro é um cinema que resiste".
A gente precisa dizer também que é um cinema que tem uma história riquíssima, que hoje representa, no mínimo, um legado inquestionável para a nossa memória, seja cultural, patrimonial ou seja para a nossa memória histórica", conclui.
