O mapa mais antigo conhecido do mundo, a “Imago Mundi” ou “Mapa Babilônico do Mundo”, foi criado pelos babilônios entre 2.600 a 2.900 anos atrás
O mapa mais antigo conhecido do mundo, a “Imago Mundi” ou “Mapa Babilônico do Mundo”, foi criado pelos babilônios entre 2.600 a 2.900 anos atrás. Gravado em uma tabuinha de argila com escrita cuneiforme, ele oferece uma visão detalhada do "mundo conhecido" da época, que se concentrava na Mesopotâmia.
Em um vídeo publicado pelo Museu Britânico, local onde o mapa pode ser encontrado, o assiriólogo britânico Irving Finkel se debruçou sobre os detalhes da tabuinha, que reflete as crenças babilônicas sobre a criação do universo.
A Imago Mundi, que mede 12,2 por 8,2 centímetros, foi encontrada em 1881 pelo arqueólogo Hormuzd Rassam durante uma escavação na antiga cidade de Sippar, no atual Iraque.
Segundo Finkel, no mapa, o mundo conhecido está representado num disco cercado por um círculo externo chamado "Rio Amargo", simbolizando o oceano. No centro do disco, o Rio Eufrates atravessa o mapa de norte a sul, terminando em um pântano.
A cidade da Babilônia é destacada como uma barra horizontal, atravessando o Eufrates, o que reflete sua importância. Regiões como Assíria, Elam e Susa também são identificadas, além de outras sete cidades ou distritos dentro do disco.
Fora do "Rio Amargo", há cinco regiões triangulares rotuladas como "nagû", indicando áreas além do mundo conhecido. Uma delas, ao nordeste, é descrita como a "grande muralha", onde o sol não é visto, remetendo a terras de escuridão. Essas regiões podem representar locais mitológicos ou desconhecidos para os mesopotâmicos, e a inscrição sugere que originalmente havia oito dessas áreas.
Além disso, o mapa menciona criaturas míticas como o homem-escorpião e o pássaro Anzu, simbolizando as forças sobrenaturais que, segundo a crença babilônica, governavam o mundo. A Terra seria governada pelo deus Marduk, responsável pela formação do mundo, segundo Finkel.
A representação de rios e montanhas indica os limites do universo conhecido, enquanto os textos descrevem seres divinos habitando regiões além da Terra, refletindo o imaginário babilônico sobre o cosmos.