Muitas tradições ao redor do mundo escapam do imaginário de qualquer brasileiro, conheça as mais inusitadas que são celebradas pelo mundo!
Entra ano, sai ano, continuamos nos sentando à mesa para celebrar o Natal, como faziam nossos pais, avôs e bisavôs. É um ritual nascido há séculos, provavelmente nas igrejas europeias, que passaram a reunir os fiéis.
O intuito era confraternizar e programar o futuro e isso também não mudou. Só o cardápio foi se alterando e ganhando novas interpretações em cada país. Contudo, muitos países adotaram tradições que escapam completamente do espírito natalino que estamos acostumados.
Pensando nisso, a Aventuras na História decidiu separar algumas tradições que chamam atenção ao redor do mundo. Confira abaixo!
Em 5 de dezembro, véspera do Dia de São Nicolau, homens se vestem como o Krampus, uma figura chifruda com cascos e pernas de bode, e saem às ruas da Áustria para assustar as crianças que se comportaram mal no ano.
Para acalmá-lo, é preciso oferecer schnapps, uma aguardente da região. Acredita-se
que Krampus era um deus pagão celebrado no solstício de inverno e incorporado ao Natal no século 17, contra a vontade da Igreja. A tradição, proibida em 1923, voltou no fim do século e segue até hoje.
O esqueleto de um cavalo decorado com bolas de vidro e pano faz parte da diversão
natalina dos galeses. Com esta figura à frente, homens cantam e pedem para entrar nas casas para comer, beber e aterrorizar as famílias.
Nesta hora, as mandíbulas da caveira “riem” e estalam os dentes, revivendo uma tradição cuja origem vem da deusa celta Epona, protetora dos cavalos e da fertilidade.
Em Veneza, na Itália, a famosa bruxa folclórica Befana — que deixa doces em meias para crianças na Noite de Reis (5 de janeiro) ou carvão para as malcomportadas — ganha uma série de representantes que disputam, entre eles, uma corrida de barcos pelo canal.
Diz a lenda que, após perder seu filho, ela visitou Jesus na manjedoura e foi abençoada como a mãe de todos os italianos.
Nos presépios da Catalunha, na Espanha, é comum encontrar o caganer — um bonequinho que defeca num canto, geralmente longe do menino Jesus. Apesar do tom escatológico, o significado disso é bonito: remete à fertilização do solo para o próximo Natal.
Com o tempo, surgiram caganers da cultura pop, como celebridades, políticos e até intelectuais, como Albert Einstein.
Na Holanda, Papai Noel chama-se Sinterklass, abreviação de Sint Niklass, São Nicolau. E se veste como bispo. Já seu ajudante, que o acompanha na entrega dos presentes, é chamado de Zwarte Piet (Pedro Negro), sendo encarnado por homens brancos que pintam a cara de preto e os lábios de vermelho — motivo de polêmica no país e de protestos contra o racismo e pelo fim da 'tradição'.