Odiada após uma série de polêmicas que abalaram a França no século 18, muitos boatos sobre a monarca ainda permeiam a sua história
A sociedade francesa estava insatisfeita. Os altos impostos e custos para manter uma vida minimamente digna na França do século 18 tornavam praticamente impossível respirar em paz. Diante dessa situação, a população se organizou em revoltas para tirar os polêmicos monarcas absolutistas do poder, o rei Luís XVI e sua esposa, a rainha Maria Antonieta.
A matriarca foi amplamente atacada pela revolução, e foi o bode expiatório de todo um sistema centralizador que privilegiava os ricos e abusava dos mais pobres. Isso durou até a Marcha das Mulheres à Versalhes — que não contava somente com mulheres, mas se iniciou com um grupo de revoltosas contra os altos preços dos alimentos — quando a família real foi tirada do palácio à força.
Prisão
Depois de saírem de Versalhes, os monarcas passaram a residir no Palácio das Tulherias. Porém, isso mudou quando o rei e sua esposa tentaram fugir na madrugada, na esperança de montar um exército, todavia, foram descobertos e sentenciados a prisão.
A Assembleia Nacional tinha a missão de julgar todos os crimes. Luís foi condenado à morte e executado por decapitação, todavia, Maria Antonieta teve muitos problemas até encontrarem qual seria o destino final da odiada rainha.
Os altos gastos da monarquia caíram todos sobre ela, que foi acusada de alta traição, esgotamento do tesouro nacional, incesto e conspiração — pela tentativa de fuga.
Afastada dos filhos, a rainha foi mantida dentro de uma cela em condições deploráveis, com muita lama e água suja caindo pelas paredes. A situação passou a melhorar com o tempo, uma vez que os seguranças demonstravam respeito pela monarca. Todavia, Antonieta já havia caído em desgraça.
Execução e últimas palavras
Antonieta viveu e morreu diante de muitos boatos ao seu respeito, entre eles figuravam diversas frases que ela teria dito em vida, tal como a famosa citação “Se eles não têm pão, que comam brioches”, que foi atribuída de maneira falsa a monarca.
As fofocas impedem afirmar qualquer coisa definitivamente sobre a monarca, no entanto, por sorte, a execução de Maria Antonieta foi amplamente documentada na época.
Curiosamente, suas últimas palavras foram um pedido de desculpas. Ao contrário do que já foi espalhado, os seus últimos relatos não representam nenhuma súplica de perdão aos céus, na esperança de que Deus fosse a ouvir, mas sim para o seu carrasco, simplesmente o homem que, dentro de instantes, iria arrancaria a cabeça de Antonieta.
Enquanto subia no púlpito em praça pública, onde milhares de parisienses aguardavam ansiosos a terrível e implacável rainha receber o seu corte de misericórdia no pescoço, Maria, que provavelmente estava muito nervosa, acabou esbarrando no pé de Charles Sanson, o carrasco, e, sem pensar muito, se desculpou com o homem dizendo: “Perdoe-me senhor, eu não pretendia fazer isso”. Sem ter percebido, essas seriam as últimas palavras ditas pela francesa nascida na Áustria em vida.
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