Após a conquista da Grécia, os romanos passaram a cultuar bem mais a riqueza. Entretanto, após a legalização do cristianismo, o luxo deixou de ser apenas um problema político e social e se tornou uma questão moral e religiosa
Apesar dos romanos serem, inicialmente, um povo que pouco cultuava o luxo, as coisas mudaram depois que eles conquistaram a Grécia — que admirava muito mais a riqueza. Assim, gradualmente, os romanos se tornaram a sociedade mais culta e, ao mesmo tempo, degenerada de sua época. A extravagância e o requinte tiveram um papel importante, principalmente no lazer e nos restaurantes, na Roma antiga.
O luxo romano não se limitava apenas no que diz respeito a vida provada das pessoas, como banquetes luxuosos e tudo mais. De fato, eles também amavam a glória pública e participavam ativamente dela.
Os romanos discutiam abertamente a moralidade do luxo e acreditavam na existência de um limite natural para ele. Eles fizeram as primeiras leis sobre luxo que restringiam a quantidade de orçamento que as pessoas podiam gastar em banquetes e ocasiões. A regulamentação não só impôs limites às despesas de luxo, como também ao número de convidados e tipos de alimentos que seriam servidos durante os baquetes.
Como exemplo, podemos mencionar as Termas de Caracala, que eram as mais luxuosas da Roma Antiga. Durante o tempo de sua glória, o complexo de banhos apresentava fontes esplêndidas, colunas e pisos de mármore, estátuas e até mosaicos. Os banhos também tinham água aquecida, espelhos de bronze para refletir luz do sol, além de uma biblioteca para lazer.
A legalização do cristianismo pelo imperador Constantino, também introduziu uma nova era na linha do tempo do luxo romano. Neste ponto, além de ser um problema político e social, o luxo também se tornou uma questão moral e religiosa.
Quando o cristianismo começou a se espalhar, o poder romano subitamente se mudou para a igreja. Como resultado, luxos que antes eram presentes de deuses romanos, como Mercúrio, chegaram à igreja.
Apesar de aconselhar as pessoas a ficarem longe do luxo, a própria Igreja era um dos maiores consumidores da riqueza, principalmente pelos grados que recebiam na adoração de Deus. Esse ideal levou a instituição à diversas criações, como os Evangelhos de Lindisfarena.
Semelhante ao elegante templo de Salomão, os romanos construíram sinuosos locais de culto. Eles decoraram essas novas igrejas com o ouro e o mármore que tiraram dos templos pagãos. No entanto, os protestantes, já no século 16, não eram a favor de tal luxo. Como resultado, eles destruíram, nas áreas onde tinham influência e poder suficientes, diversas demonstrações da riqueza religiosa.
Na Roma cristã, luxo significava não apenas excesso ou extravagância, mas também a ganância e luxúria. De muitas maneiras, luxo, sexualidade e ardil feminino ainda estão intimamente ligados. Os cristãos ainda debatem a ética do luxo.