Em 2012, na Espanha, uma idosa de 81 anos tentou reparar uma pintura de Elías García Martínez; o resultado foi desastroso e viralizou na internet
Ainda que tenham grande valor financeiro, histórico e social, é impossível evitar a degradação das obras de arte. Uma das formas mais expressivas da humanidade marcar a sua época é pintando. Assim, os quadros eternizam sentimentos incompreendidos e figuras relevantes, embora percam sua essência com o tempo, como cor e detalhes únicos.
Uma das maneiras que os especialistas encontraram para conseguir prolongar o tempo dessas telas é a restauração. Um trabalho minucioso consiste em reparar certas fragilidades de pinturas antigas, principalmente criadas durante o Renascimento.
Enquanto algumas obras são ‘consertadas’ e continuam em exposição para o público sem que ninguém perceba a diferença, em 2012, um caso em particular chamou a atenção do mundo. O motivo: uma restauração catastrófica.
O desastre da pintura Ecce Homo
Na época, Cecilia Giménez tinha 81 anos, trabalhava no Santuario de la Misericordia, em Borja, na província de Saragoça, Espanha. A igreja contava com um afresco de Elías García Martínez, renomado pintor espanhol do final do século 19.
Sua obra, intitulada Ecce Homo, que representava Jesus Cristo, feita no início do século 20, começou a apresentar sinais de deterioração. Ainda que Martínez tivesse sido um artista e professor respeitado durante sua vida, a pintura não era muito conhecida fora da Espanha.
A idosa, então, encontrou uma solução que para ela parecia ideal. Decidiu pegar um pincel e pintar as partes apagadas do quadro original. Ao terminar seu plano, era evidente: o desastre estava feito.
Ecce Homo não era mais reconhecível, no lugar tinha uma pintura, no mínimo bizarra. Rapidamente, a restauração começou a circular na internet, entre memes, piadas e, até mesmo, ataques contra Cecilia, a tela tinha ganhado a atenção da mídia internacional.
“Está trazendo de volta algumas boas e outras ruins”, disse Giménez em entrevista ao jornal Heraldo de Aragón, a fala foi repercutida pelo The Guardian, em 2016. “No início foi difícil porque passei muito mal, mas tudo o que aconteceu foi muito bom para mim e para o santuário”.
Apesar da catástrofe, a igreja estava recebendo uma quantidade expressiva de visitantes, que buscavam, a todo custo, ver aquela pintura única. Especialistas foram contatados, mas não havia o que fazer, o trabalho de Elías García Martínez estava destruído.
Um final inesperado
Por quase quatro anos, todos acreditavam que a tela de Cristo ficaria daquela forma, outra restauração era impossível, além do mais, o Santuário ao menos lucrava com o turismo. Foi quando, um homem vindo de outra região de Saragoça afirmou ter encontrado um afresco que teria servido de modelo para a pintura final de Elías.
A informação foi repercutida na época pelo The Guardian, que também conversou com o antiquário espanhol, Ricardo Ostalé. “Para mim, foi muito importante encontrar uma obra que pensávamos ter sido destruída porque o afresco não pode ser restaurado. É uma grande emoção para um amante da arte”, revelou.
Sobre a autenticidade do modelo, Ostalé contou que as semelhanças são inegáveis: “É exatamente igual porque era o original e é quase certo que este é o quadro que ele copiou na parede do santuário. É exatamente do mesmo tamanho”. O pintor teria utilizado o rascunho para finalizar a obra que estava guardada na igreja.
Mesmo com a aparição repentina do afresco original, o público continuou a se interessar ainda mais pela proeza de Cecilia. As duas pinturas foram encaminhadas para uma exposição, com o objetivo de mostrar o antes e depois da tragédia artística.
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