Nascida há exatos 91 anos, a atriz vivia sob os holofotes de Hollywood, mas sonhava com algo mais simples: uma família que pudesse chamar de sua
Poucos personagens do cinema americano ficariam tão marcados na história do cinema quanto a icônica Bonequinha de Luxo, de Audrey Hepburn. Com um colar de pérolas e clássicos seus cafés na Tiffany's, a atriz marcou toda uma geração.
Há exatos 91 anos, entretanto, nascia uma jovem com um sonho bastante diferente de ganhar os holofotes: Audrey queria uma família só dela. Natural de Bruxelas, na Bélgica, a menina cresceu desejando uma relação estável e vários filhos.
Nascida em uma família de ascendência austríaca, todavia, a jovem Hepburn não teve o melhor dos exemplos em casa. Seu pai, um simpatizante nazista, e sua mãe, uma nobre holandesa, se divorciaram quando Audrey tinha apenas 9 anos
Assim, a sonhadora menina, teve o gostinho precoce de uma vida infeliz, apesar de seus desejos tão vorazes. Em meados de 1940, a artista decidiu, então, começar a atuar, após longos anos trabalhando como modelo.
Uma carreira sólida
Atuando como uma das protagonistas da Era de Ouro de Hollywood, Audrey chegou a ser classificada pelo American Film Institute como a terceira maior lenda do cinema americano. E foi em meio aos palcos, câmeras e cortinas que ela encontrou exatamente aquilo que desejava.
O primeiro relacionamento da artista começou em Londres, quando ela ainda trabalhava como dançarina, em 19522. Noiva de James Hanson, por quem ela se apaixonou à primeira vista, a atriz desistiu do casamento no dia da cerimônia.
Um ano mais tarde, no set de filmagens de Roman Holiday, Audrey e Gregory Peck se conheceram. Da relação estritamente profissional, nasceram diversos rumores, todos negados por ambos os artistas. Em entrevistas, a atriz afirmava: “você precisa estar um pouco apaixonado pelo seu par romântico e vice-versa. Mas não o leva além do set”.
Foi durante a produção de Sabrina que Audrey apaixonou-se pelo já casado William Holden, em 1954. Apesar do matrimônio, os dois namoraram e a atriz achou que finalmente teria encontrado o pai dos seus filhos. Mas tudo acabou quando ela descobriu que William passou por uma vasectomia.
Sorte nas telas, azar no amor
Ainda em 1954, Hepburn casou-se com Mel Ferrer, um ator que ela teria conhecido durante uma festa na casa de Gregory Peck. Oito anos antes, o casal havia se conhecido e, de uma conversa descontraída, passaram a trabalhar juntos e, assim, apaixonaram-se um pelo outro.
Com o companheiro, Audrey sofreu dois abortos espontâneos, um em 1955 e outro em 1959. Sempre sonhando com bebês gordinhos e berços decorados, a atriz enfim deu à luz o pequeno Sean Hepburn Ferrer, em julho de 1960.
Com um filho em seus braços e um marido carinhoso, Audrey era feliz e pouco se importava com as fofocas nos tablódes americanos. As coisas, todavia, começaram a piorar quando ela sofreu mais dois abortos, em 1965 e 1967.
À essa altura do campeonato, o casamento de longos e sólidos 14 anos já não aguentava mais as frustrações. Mel Ferrer e Audrey, então, decidiram se divorciar, em dezembro de 1968, quando Sean tinha 8 anos.
Amor flutuante
Isolada em um cruzeiro no meio do oceano, a atriz encontrou o psiquiatra italiano Andrea Dotti. Em uma visita à clássicas ruínas gregas, os dois juraram amor eterno e, quando voltaram à terra firme, casaram-se em 1969. Aos 40 anos, então, Audrey teve seu segundo filho, Luca Dotti, em fevereiro de 1970.
Outro aborto espontâneo veio em 1974, junto de outras crises no relacionamento. Embora amasse sua esposa e fosse profundamente apaixonado pelos meninos, Andrea começou a ter casos com mulheres mais novas. Enquanto isso, Hepburn cultivava um amor por Ben Gazzara.
Os 13 anos de matrimônio não aguentaram tantos obstáculos e, assim, o casal se separou quando os filhos de Audrey já tinham maturidade para lidar com a mãe solteira, em 1982. Daquela época em diante, a conheceu o homem que protagonizaria sua relação mais sólida e apaixonada.
Por anos, até a sua morte, Audrey viveu com o ator holandês Robert Wolders. Viúvo de Merle Oberon, o homem era profundamente apaixonado pela atriz, ainda que os dois nunca tenham chegado a se casar no papel.
Sempre que questionada, a eterna Bonequinha de Luxo dizia que os nove anos vividos com Robert foram os melhores de sua vida e que ambos não precisavam de papéis para saber que estavam casados. “Estamos, mas não formalmente”, dizia, rindo.
Audrey morreu em 20 de janeiro de 1993, na Suíça. Aos 63 anos, ela deixou para trás uma lista de amantes que a adoravam, dois filhos dedicados e uma carreira fenomenal, além do sentimento de completude por ter conquistado seu sonho de uma família feliz, apesar dos altos e baixos cheios de reviravoltas.
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