Muitas pinturas que são símbolos artísticos de uma nação não estão em seus países de origem
1. Abaporu, Tarsila do Amaral
Finalizada em 1928 pela artista Tarsila do Amaral, a obra é uma das mais conhecidas do modernismo brasileiro. Por mais que seja um orgulho nacional, Abaporu foi comprada em 1995 por um colecionador argentino, Eduardo Constantini, e agora está exposta no Museu de Arte Latino Americano de Buenos Aires, o Malba.
Durante alguns meses, a obra ficou exposta no Masp para completar uma exposição de trabalhos da pintora brasileira.
De acordo com uma matéria da Folha de S. Paulo, um colecionador brasileiro ofereceu R$120 milhões pela obra, aproximadamente 30 vezes maior do que o valor investido pelo colecionador argentino na época da compra do Abaporu. Entretanto, a proposta foi recusada, a pintura de Tarsila é o principal atrativo do museu em Buenos Aires.
2- A Persistência da Memória, Salvador Dalí
O pintor surrealista nunca chegou sequer a pintar o quadro em sua terra natal, na Espanha. A obra ganhou vida no ano de 1931, em Paris, um ano antes de Dalí alcançar a fama durante uma exposição surrealista justamente com a pintura.
3 anos depois de ter sido finalizado, o quadro foi doado ao Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, por um doador anônimo. Por mais de 80 anos, a obra, que tem apenas 24 cm de altura por 33 cm de largura, é um dos carros-chefes do museu.
3- A Noite Estrelada, Van Gogh
Fazendo parte do MoMA, a notória obra de Van Gogh, Noite Estrelada, não está no museu do próprio artista, em Amsterdã, na Holanda. A obra foi pintada um ano antes do falecimento do conturbado artista, em 1889.
Fazendo parte de uma coleção privada, a obra mais famosa do artista é a vista que o holndês tinha da janela de seu quarto no hospital psiquiátrico em que ele se tratava. Foi adquirida pelo museu americano em 1941.
4- Rosa e Azul, August Renoir
A simpática obra impressionista do artista francês retrata duas meninas, uma de azul e outra de rosa, filhas de um rico banqueiro judeu, que pediu para Renoir retratar a sua família em quadros.
Finalizado no fim do século 19, foi comprado pelo empresário e jornalista brasileiro Assis Chateubriand no ano de 1952. O brasileiro dá nome ao Museu de Arte de São Paulo, o Masp, local onde está exposta uma das mais famosas obras do símbolo impressionista.
5- A traição das imagens, René Magritte
Pintada originalmente na Bélgica, está disponível no Museu de Arte do Condado de Los Angeles, a obra é um símbolo do surrealismo, e leva pesquisadores e observadores a uma crise existencial. O quadro pintado pelo belga em 1929 traz os dizeres “Ceci n’est pas une pipe’.
Do francês, quer dizer literalmente “Isso não é um cachimbo”. Mas observando a obra você percebe que é claramente a representação de um cachimbo, embora, de fato, não seja um cachimbo e sim um quadro.
6- A Dança, Henri Matisse
Dua obras do pintor francês podem ser nomeadas como A Dança, e nenhuma está na França. A segunda pintura feita entre elas foi um estudo para a posterior, e atualmente está no museu Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia.
Ela teria sido encomendada por um colecionador russo que recusou o resultado final da pintura, pois não queria pessoas peladas em sua sala. O estudo foi doado, novamente para o MoMA, em Nova York, por um membro da notória família Rockefeller.
7- Guerra e Paz, Cândido Portinari
Podendo ser encontrada no prédio da ONU, em Nova York, o pintor paulista foi escolhido para enviar uma obra de arte para o edifício, levando quatro anos para concluir a imensa pintura, que tem 14 metros de altura por 10 metros de largura.
Embora tenha terminado sua pintura, ele não chegou a visita-la em plena Guerra Fria, por conta de seu alinhamento com a esquerda. Os Estados Unidos não facilitaram o visto para Portinari, que viu sua obra em uma exposição aqui no Brasil, na presença do presidente Juscelino Kubitschek.
8- As Senhoritas de Avignon, Pablo Picasso
A obra do pintor espanhol é uma das maiores obras cubistas existentes. Diferentemente de boa parte das suas obras que estão expostas na Espanha, as Senhoritas de Avignon desfilam suas silhuetas em Nova York, no MoMA.
A pintura é de 1907 e foi uma das primeiras a adotar o movimento cubista, que causou estranhamento no começo pelo fato de usar formas geométricas para formular as obras.
9- Monalisa, Leonardo da Vinci
Por fim, a mais famosa obra de arte de todos os tempos está exposta no Louvre, em Paris. Historicamente, a Gioconda esteve em Paris desde 1516, quando Leonardo foi convidado pelo rei Francisco I a pintar para a corte.
Desde então, o quadro chegou a passar pelos aposentos de Napoleão Bonaparte e ser roubado em 1911, dando ainda mais notoriedade a obra-prima de da Vinci. Tendo sobrevivido a diversos ataques ao longo do tempo, atualmente a pintura é protegida por um vidro a prova de balas.
Para saber mais sobre alguns dos pintores apresentados confira as seguintes obras
Van Gogh, Steven Naifeh e Gregory White Smith (2012)
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Mona Lisa: A mulher por trás do quadro, Dianne Hales (2018)
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Alguém viu a Mona Lisa: Histórias sobre obras de arte e literatura desaparecidas, Rick Gekoski (2015)
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Abaporu. Uma Obra de Amor, Tarsila do Amaral (2014)
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