Extinta há 28 mil anos, a espécie pode ter hibernado para sobreviver ao inverno e usado o polegar de forma diferente
Há aproximadamente 400 mil anos, surgia, na Europa e no Oriente Médio, a espécie humana conhecida como Neandertal. A cultura dessa espécie, nomeada musteriense, é estudada por cientistas há décadas.
A espécie foi extinta cerca de 28 mil anos atrás, mas ainda possui vestígios nos dias de hoje: o homem do Período Paleolítico compartilha com os humanos atuais 99,7% do seu DNA. A cada novo artigo publicado, a ciência passa a conhecer mais sobre o passado da humanidade.
A Aventuras na História separou 5 descobertas impressionantes já feitas sobre Neandertais. Confira!
A técnica conhecida como Levallois era, anteriormente, atribuída apenas ao Homo sapiens. No entanto, um recente estudo, publicado em fevereiro deste ano, concluiu que a prática da Idade da Pedra também foi usada pela espécie Neandertal.
Através da técnica, os indivíduos possuem uma maneira muito específica de esculpir ferramentas de pedra, importantes artefatos para a sobrevivência. Os pesquisadores chegaram a esse entendimento a partir da análise de vestígios neandertais encontrados na caverna de Shuqba, um sítio arqueológico localizado na Cisjordânia.
Em janeiro, pesquisadores publicaram uma pesquisa em que analisavam ossos e dentes de Neandertais encontrados na caverna Sima de los Huesos, localizada em Atapuerca, Espanha. Com a investigação, eles perceberam que existiam marcas parecidas com as de animais que hibernam nos fósseis.
A teoria proposta pelos cientistas foi a de que os hominídeos hibernavam durante grande parte do inverno para sobreviver ao rigoroso frio do período. Eles teriam sido capazes de desacelerar o metabolismo, o que permitiria que os indivíduos dormissem por meses.
Um artigo, publicado no final do ano passado, indicou que os Neandertais possuíam diferenças físicas importantes dos seres humanos modernos: seus polegares possuíam um formato distinto.
Os pesquisadores apontaram que os polegares do hominídeo se adequavam mais a empunhaduras de compressão, devido a seus ossos e articulações. Essa diferença provavelmente estava relacionada ao uso do dedo pelos neandertais, que precisavam utilizar armas de caça e ferramentas.
Embora o esqueleto do Neandertal conhecido como Homem de Altamura já seja amplamente conhecido, uma nova análise realizada em dezembro de 2020 investigou um aspecto até então desconhecido do fóssil: um possível problema dentário.
Ao examinarem a mandíbula e maxilar do esqueleto, os cientistas perceberam que o homem apresentava cálculos nos dentes e as raízes da dentição expostas, o que indicava a presença de uma doença gengival incomum.
Analisando o osso do pescoço de um fóssil Neandertal descoberto em uma caverna israelense, pesquisadores sugeriram, em 2013, que a espécie pode ter tido a capacidade de falar como os humanos modernos. A teoria contraria o que a ciência pensava até então sobre essa capacidade dos hominídeos.
Como repercutiu o O Globo na época, o estudo foi feito a partir de imagens em raio-x no pescoço do indivíduo, que revelaram como o osso hioide funcionaria. O osso em questão possui forma de ferradura e fica na base da língua, essencial para a vocalização de palavras.
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