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Culinária

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Flávia Pinho Publicado em 02/06/2009, às 04h57 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

INVENÇÃO EUROPÉIA
A feijoada é uma variação do cozido feito em Portugal

Você já deve ter ouvido que a feijoada foi inventada pelos escravos. Não é verdade. O prato-símbolo da culinária nacional nasceu em panelas lusitanas. "É uma solução européia elaborada no Brasil. Técnica portuguesa com o material brasileiro", afirma o historiador Luís da Câmara Cascudo no livro História da Alimentação no Brasil (Global). Os colonizadores trouxeram da terrinha o hábito de fazer cozido, um prato que misturava carnes, legumes e verduras. O problema é que, para o povo daqui, faltava alguma coisa – no século 17, explica o pesquisador, refeição sem feijão era “simples ato de enganar a fome”. Os grãos entraram na receita e fizeram tanto sucesso que, em pouco tempo, os legumes e verduras perderam espaço.

BOLHAS DOMADAS
O champanhe já foi considerado um vinho defeituoso

No século 1, o champanhe era um vinho sem qualquer glamour: vermelho-claro, quase sempre turvo e com as características borbulhas, consideradas um grave defeito. Isso começou a mudar em 1668, quando o monge francês Pierre Pérignon (1638 - 1715) assumiu a administração
da abadia Hautvillers e passou a cuidar da adega e das videiras. Ao longo de 47 anos, dom Pérignon estabeleceu um padrão de qualidade inédito na produção de vinhos efervescentes. Mais tarde, na segunda década do século 16, os produtores de champanhe passaram a anunciar que as bolhas até faziam bem para a saúde.

CÓPIA MELHORADA
O famoso molho inglês foi inspirado em uma receita oriental

O nome engana, porque o molho inglês é cópia de um alimento que já existia do outro lado do mundo. Em 1835, o lorde Marcus Sandys, governador da província indiana de Bengala, visitou a Inglaterra. Levou na bagagem vários ingredientes, como melaço, tamarindos e cravo-da-índia, e pediu a dois químicos, John Wheeley Lea (1791-1874) e William Perrins (1793-1867), que os misturassem seguindo uma receita da Índia. Quando a encomenda ficou pronta, o cliente provou e foi embora. Os químicos, que tinham detestado o resultado, guardaram o frasco no porão. Um ano depois, encontraram a mistura e a provaram. "Tiveram grata surpresa", conta J.A. Dias Lopes em A Canja do Imperador (Companhia Editora Nacional). "A maturação conferira ao molho um sabor atraente, ao mesmo tempo picante e harmônico."