Mundialmente conhecida por sua militância, a sueca de apenas 18 anos já foi até escolhida como 'Pessoa do ano' pela revista Time
Greta Thunberg tinha apenas 15 anos quando ganhou fama internacional após começar a faltas na escola para protestar na frente do Parlamento sueco, em 2018. Na época, a menina fazia suas próprias manifestações contra as mudanças climáticas no mundo. Não demorou, então, até que a ativista juvenil se tornasse um forte símbolo nas causas ambientais, sendo um dos principais nomes do movimento na atualidade.
Nascida em 3 de janeiro de 2003, em Estocolmo, na capital da Suécia, Greta Thunberg teve contato com as causas ambientais pela primeira vez na escola, aos oitos anos. Quanto mais estudava sobre as mudanças climáticas, mais desanimada a garota ficava, o que acarretou em uma depressão profunda aos 11 anos, segundo contou seu pai.
Já aos 15 anos, a jovem passou a faltar nas aulas para protestar contra as mudanças climáticas mundiais. Logo nas primeiras manifestações encontrou companhia, mesmo sob fortes críticas de outras pessoas.
Em entrevista à BBC, em 2019, Greta revelou que anos antes foi diagnosticada com síndrome de Asperger — um espectro autista. Para a jovem, contudo, a doença não é algo negativo e ainda a faz enxergar diversos assuntos para além do senso comum.
A percepção de Greta sobre o meio ambiente e as mudanças climáticas transfomaram o modo de vida de toda sua família. Sua mãe, Malena Ernman, por exemplo, desistiu da carreira internacional de cantora de ópera por conta dos impactos gerados por aviões.
Em 2019, um vídeo da jovem discursando na Cúpula do Clima, na sede da ONU em Nova York, viralizou na internet. Na ocasião, Greta culpou líderes de 60 países de negligenciar o meio ambiente e de não promoverem políticas públicas para a redução das emissões dos gases do efeito estufa.
Para viajar até os Estados Unidos, a ativista recusou utilizar avião como meio de transporte, optando por um barco movido à vela e 100% sustentável. Ao chegar em Nova York, Greta foi recebida por dezenas de jornalistas e apoiadores de causas ambientais.
Graças a repercussão positiva de seus ideias, o movimento “Greve Escolar pelo Clima” foi criado, com o intuito de protestar contra as mudanças climáticas. Estudantes de mais de 500 cidades no mundo foram às ruas manifestar contra as atuais políticas ambientais. Logo a causa ganhou mais aliados.
A ação gerou, ainda, a campanha #FridaysforFuture (“Sextas pelo Futuro”, em tradução livre). No entanto, por conta de seu posicionamento e críticas aos governos, Greta já irritou algumas pessoas, como o presidente Donald Trump.
Em dezembro de 2019, por exemplo, o político criticou a jovem. Isso porque em sua visão é "ridículo" que ela tenha sido nomeada na lista de Personalidade do Ano da Time.
Tão ridículo. Greta precisa trabalhar em seu problema de controle da raiva, depois ir a um bom filme antigo com um amigo! Calma Greta, calma!", relatou Trump através de sua conta no Twitter.
Greta, por sua vez, não se deixa abalar pelas críticas e continua a denunciar líderes mundiais por negligenciar o meio ambiente. Em sua declaração mais recente, pediu aos líderes mundiais por melhorias nas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa. Atualmente, ela é um dos principais símbolos do movimento, participando de grandes eventos e assembleias sobre causas ambientais.