Esqueletos de um homem e uma mulher foram encontrados no ano de 2024 na região de Pompeia, destruída pela erupção do Vesúvio no ano de 79 d.C.
A erupção do Monte Vesúvio, ocorrida no ano de 79 d.C., foi um dos eventos mais devastadores da história antiga, soterrando as cidades de Pompeia, Herculano e outras localidades romanas sob toneladas de cinzas e pedras-pomes.
Desde então, os vestígios da tragédia permanecem como um testemunho sombrio da imprevisibilidade da natureza e da vulnerabilidade humana.
Em 2024, arqueólogos fizeram uma importante descoberta nas ruínas de Pompeia, revelando mais detalhes sobre as vítimas e o cotidiano da cidade antes do desastre.
Os pesquisadores do Parque Arqueológico de Pompeia encontraram dois esqueletos humanos, pertencentes a um homem e uma mulher, em um cômodo que, aparentemente, servia como abrigo temporário durante reformas na casa.
De acordo com informações do portal USA Today, acredita-se que a dupla tenha buscado refúgio no quarto para se proteger da queda incessante de pedra-pomes durante a erupção. No entanto, o abrigo não foi resistente o suficiente para protegê-los do fluxo piroclástico, que acabou esmagando os corpos.
O esqueleto da mulher foi encontrado sobre uma cama, ao lado de moedas de ouro, prata e bronze, além de joias, incluindo um par de brincos de ouro com pérolas. A presença desses objetos pessoais sugere que ela carregava seus pertences mais valiosos enquanto tentava escapar da tragédia iminente.
Segundo o diretor do parque, Gabriel Zuchtriegel, os dados antropológicos obtidos a partir dos esqueletos oferecem informações valiosas sobre a vida cotidiana dos antigos pompeianos e as histórias individuais de alguns habitantes.
Os restos mortais foram descobertos na área conhecida como Insula 10 da Regio IX, um setor de Pompeia que tem revelado descobertas recentemente.
Em junho do ano passado, foi anunciada a descoberta de um espaço chamado "Santuário Azul", um cômodo dedicado a práticas rituais e ao armazenamento de objetos sagrados. A sala é caracterizada por um tom de azul pálido, cor raramente vista em afrescos de Pompeia, geralmente reservada para decorações mais elaboradas.
Em abril, escavações na mesma região revisitaram afrescos romanos surpreendentemente preservados numa sala de jantar. Entre as figuras retratadas, destacava-se Helena de Troia, acompanhada por outros personagens da mitologia grega. As pinturas traziam temas de heroísmo, destino e a influência dos deuses nos acontecimentos humanos, refletindo como os antigos romanos viam o poder das escolhas individuais.
De acordo com a fonte, essas descobertas integram um projeto amplo que visa preservar Pompeia e estabelecer um equilíbrio entre as áreas escavadas e as não escavadas.