Marcada na história como a primeira coelhinha da marca, Marilyn Monroe nunca autorizou a publicação; entenda
Pamela Malva Publicado em 20/01/2020, às 19h00 - Atualizado em 27/05/2024, às 20h03
Muito antes de se tornar a estrela mundialmente conhecida que é hoje, Marilyn Monroe passou por poucas e boas e se envolveu em algumas polêmicas. A mais controversa, até os dias atuais, envolve Hugh Hefner e a sua criação, a revista Playboy.
Quatro anos antes da fundação da revista masculina, Marilyn se viu precisando de dinheiro. Ela estava no começo da carreira e ainda não tinha chamado atenção de Hollywood ou do mundo. Assim, foi fácil para ela aceitar dos 50 dólares oferecidos pelo fotógrafo Tom Kelley, em 1949.
Para ela seria dinheiro fácil: Marilyn só precisaria posar nua. O ensaio seria publicado em um calendário e toda a história acabaria aí. No entanto, ela não esperava que Hugh Hefner surgisse na equação.
Com a Playboy em mente, o homem precisava de boas fotos para sua primeira edição. Assim, ele deu de frente com Tom Kelley e se apaixonou pelas fotos da atriz loira. Hugh comprou os direitos das imagens por 500 dólares e fechou o acordo com a empresa responsável pelo calendário.
A partir desse momento, Marilyn estampou a primeira edição da Playboy, em dezembro de 1953. O rosto da artista na capa, fez com que a revista tivesse mais de 50 mil exemplares vendidos na época — a cinquenta centavos de dólares cada.
"Meu? Tudo o que recebi por aquela fotografia nua no calendário foram os cinquenta dólares que Tom me pagou como taxa de modelo original”, disse Monroe a George Barris em “Mallyn: Her Life in Her Own Words”.
Tudo ia bem e Hugh Hefner não poderia estar mais feliz. Mas uma polêmica esperava na esquina: Marilyn nunca chegou a, de fato, autorizar a publicação de seu ensaio sensual. Apesar disso, ela admitiu que as fotos e o sucesso da publicação foram importantes para a sua carreira como atriz.
"A foto havia sido tirada antes", disse Hugh ao E! On-line em 2008. "Era uma foto de calendário tirada por Tom Kelley. A maioria das pessoas já tinha ouvido falar sobre isso, mas quase ninguém tinha visto e ninguém tinha visto porque os correios haviam assumido a posição de que não era possível enviar nudez pelo correio(...)".
Mesmo assim, por mais que a publicação tenha sido controversa, sem a permissão da modelo, a lei americana reconhece que Hefner não fez nada fora do permitido. Legalmente, ele comprou os direitos das fotos e se tornou o dono das imagens.
No final, Hugh nunca realmente encontrou Marilyn pessoalmente e, quando morreu aos 91 anos, em 2017, foi enterrado ao lado dela. Isso porque, bem antes de sua morte, comprou a cripta ao lado da de Marilyn por 75 mil dólares.
Em 2018, a Playboy decidiu leiloar um exemplar da polêmica edição, que fazia parte da coleção pessoal de Hugh Hefner. O valor de pré-venda estava estimado entre 3 mil e 5 mil dólares, de acordo com o site da Julien’s Auctions, uma das maiores casas de leilão do mundo.
Fonte: Business Insider;
