Em pleno Palácio do Planalto, o jogador comemorou a conquista do penta em 2002 rolando pela rampa após receber sua medalha de Fernando Henrique. "Ainda bem que era o FHC. Se fosse o Lula, rolava comigo", afirmou em entrevista
O pentacampeonato do Brasil em 2002 foi um momento que marcou a vida de milhares de brasileiros. A vitória sob a Alemanha por 2x0, em Yokohama, no Japão, foi responsável por dar o glorioso título à Seleção, que contava com alguns dos nomes mais importantes do futebol na época, como Ronaldo, Cafú, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, e outros. Ainda entre esses nomes, estava o jogador que seria responsável por um episódio que permanece até hoje no imaginário sobre essa vitória: Vampeta.
A Seleção Brasileira voltava do Japão em uma longa viagem após a grande conquista. Os atletas, porém, estavam comemorando durante o trajeto, o que fez com que Vampeta ficasse um tanto bêbado. "Vim tomando mesmo, comemorando o título. Quando a gente bebe algo alcóolico no avião, na altitude, vale por duas ou três. Vindo do Japão para o Brasil, imagine, cheguei para lá de Bagdá", afirmou o futebolista em entrevista ao Esporte Ponto Final, do UOL.
Ao voltarem ao Brasil, os jogadores foram recebidos calorosamente no Palácio do Planalto, em Brasília. O então presidente, Fernando Henrique Cardoso, entregava a cada um deles uma medalha representando a vitória mundial. Mas a alegria era tanta que um deles não conseguiu se conter: Vampeta agradeceu pela homenagem e foi dar cambalhotas em plena rampa do Planalto.
Foi um momento inesquecível. Até hoje, quando se fala da Copa de 2002, muitos relembram a loucura de Vamp que correu para sair rodando comemorando a conquista até mesmo na frente do presidente da República. "Ainda bem que era o FHC. Se fosse o Lula, rolava comigo”, brincou durante o programa Bem, Amigos, do SporTV, em outubro de 2013.
“Pensei que ele fosse cair da rampa. Levei um susto! Recentemente ele esteve comigo e mostrou que ainda tem agilidade para evitar quedas”, escreveu FHC em seu Twitter respondendo a um internauta que o questionou sobre o notável episódio, em agosto de 2018.
E, sim: os dois se reencontraram em dezembro de 2017, quinze anos depois, para relembrarem o penta brasileiro. “Eu estava como presidente, recebendo a delegação que tinha ganho (a Copa do Mundo) em 2002. De repente eu vejo um louco correndo, rodando na rampa. Eu pensei que ele iria morrer. Era ele (o Vampeta). Foi um dia bonito. Depois fomos para o Palácio, conversamos”, disse o ex-presidente na entrevista ao Globo Esporte.
Mas porque o atleta resolveu dar cambalhotas naquele dia? Segundo ele mesmo, o torcedor e amigo da equipe, Nilson Locatelli, sempre cumprimentava os jogadores dando cambalhota. “Eu falei que iria dar cambalhota igual ao ‘Louco’. Eu disse que quando chegaria a minha vez, eu iria dar cambalhota. Os caras duvidaram. O Felipão ficou meio tenso”, explicou.
"Acabei entrando para a história por causa da cambalhota no Planalto, porque quebrei protocolo e não sei o quê. Quando se fala de 2002, a gente lembra da final entre Brasil e Alemanha. Mas se falarmos da volta do Brasil, fui mais destaque que os outros caras", disse o jogador ao UOL Esporte.
+ Saiba mais sobre o tema por meio das obras a seguir:
Vampeta: Memórias do velho Vamp - Sem cortes, LEYA BRASIL (2012)
Vampeta, Lambert M. Surhone (2010)
Esperança na Coreia, Respeito no Japão: A Copa de 2002 em 64 microcontos de futebol, Rafael Duarte Oliveira Venancio
As Copas Do Mundo No Brasil: Memórias, Identidades E Diplomacia (1950/2014), Euclides De Freitas Couto (2019)
Dando tratos à bola - Ensaios sobre futebol, Hilário Franco Júnior (2017)
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