O crime foi orquestrado por Gregório Fortunato, o chefe de segurança e motorista do presidente Getúlio Vargas
Ocorrido no dia 5 de agosto de 1954, o atentado da Rua Toledo foi uma tentativa de assassinato contra o principal opositor de Getúlio Vargas, o influente jornalista e político Carlos Lacerda. O fatídico episódio gerou, ainda, uma crise governamental durante o segundo mandato do até então presidente do Brasil.
Os antecedentes
Em 1950, Getúlio Vargas foi eleito como o presidente do país, com 48,7% dos votos, derrotando seus adversários Eduardo Gomes — representante da UDN — e Cristiano Machado — candidato do PSD.
O segundo mandato de Vargas ficou conhecido como um dos momentos mais emblemáticos e conflituosos da história do Brasil. Na época, o país ficou dividido, devido às intensas questões sociais, econômicas e políticas que permearam os noticiários e a sociedade.
A União Democrática Nacional (UDN) era composta por políticos conservadores e por uma parcela do Exército Brasileiro. De acordo com o site Brasil Escola, este partido era declaradamente contra os discursos populistas de Vargas, sendo o principal opositor do governo.
No âmbito econômico, o país enfrentava taxas alarmantes da inflação, motivo que afetou diretamente os trabalhadores. Além disso, houve um intenso debate sobre o desenvolvimento econômico, uma vez que discutia-se a abertura econômica do país para receber investimentos e capitais do exterior.
Além dos opositores do governo terem o apoio dos Estados Unidos, Vargas teve que enfrentar revoltas populares que se alastraram por todo país. Ainda mais, haviam constantes ameaças de um golpe militar, apoiado pela UDN e pela potência estadunidense.
O crime
Diante deste cenário conflituoso e crítico, Carlos Lacerda utilizou seu jornal Tribuna da Imprensa para confrontar o governo. Contudo, segundo investigações feitas na época pela Aeronáutica, Gregório Fortunato, chefe de segurança e motorista do presidente, teria planejado assassinar o jornalista.
Fortunato, portanto, contratou um pistoleiro para executar o crime, mas o tiro saiu pela culatra — literalmente. No dia 5 de agosto de 1954, o criminoso abordou Lacerda na Rua Tonelero, no Rio de Janeiro.
Os tiros atingiram Rubens Vaz, resultando na morte do major da força aérea, que também era guarda-costas do jornalista. Lacerda, o verdadeiro alvo do atentado, por sua vez, sofreu apenas ferimentos leves.
Ainda de acordo com o site Brasil Escola, o atentado intensificou as crises no governo de Vargas. A partir deste episódio, a oposição começou a pressioná-lo para fazer o pedido de renúncia. No entanto, o desfecho da história resultou na morte de Vargas, que no dia 24 de agosto de 1954 tirou a própria vida.
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