O general Marco Antônio, além de amante de Cleópatra, também foi um dos militares que governou Roma durante o Segundo Triunvirato
Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 16/05/2023, às 16h11 - Atualizado em 01/06/2023, às 16h59
Uma figura importante na vida da última rainha do Egito, Cleópatra VII, foi Marco Antônio, o amante que ficou ao seu lado até o fim. Porém, antes disso, ele foi o braço direito de Júlio César e grande general romano.
Marco Antônio nasceu no ano 83 a.C. Sua mãe, Júlia dos Césares, era a prima do ditador romano Júlio César. Quando jovem, ele foi instruído por sua mãe e sua avó na arte da retórica, e segundo a World History Encyclopedia, se dava muito bem com as áreas de estudo da filosofia e da educação.
Marco Antônio foi até a Grécia estudar oratória e exercícios militares. Nessa época, ele conheceu o general romano Aulo Gabínio, que o convenceu a ir para a Síria em uma campanha militar. Nessa missão, Marco mostrou sua competência como comandante, também auxiliou a acabar com revoltas no Egito de Ptolemeu XII.
Ele subiu na hierarquia militar de maneira veloz, logo chamado por Júlio César para auxiliar em uma campanha militar na região da Gália, onde caiu no gosto dos outros soldados.
No ano 50 a.C., ele foi eleito tribuno da República Romana. No Senado, foi um grande apoiador das políticas de seu parente e até governou a cidade de Roma enquanto César foi para a Espanha confrontar Pompeu Magno.
Como conta Plutarco, Marco Antônio não era o mais brilhante dos políticos, mas ele continuou no círculo de aliados próximos de César até a morte do ditador romano, no ano 44 a.C. Sem seu tio e amigo para o auxiliar, ele teria que brigar por poder com um adversário político perigoso: o herdeiro de Júlio César, Otaviano.
Após a morte de Júlio César, o território da República Romana foi dividido entre três generais: Lépido, Marco Antônio e Otaviano. O herdeiro de César tinha 19 anos, e Marco parecia irritado em ter que dividir seu poder com alguém que ele repetidamente chamava de "garoto".
Quando entraram em trégua, os três iniciaram o Segundo Triunvirato, no qual Lépido governou a África, Otaviano ficou com o ocidente do território romano e Marco Antônio ficou com o lado oriental. Nessa época, Antônio acabaria conhecendo uma inimiga de Otaviano que viraria sua vida de cabeça para baixo: Cleópatra VII, rainha do Egito.
O general romano começou um relacionamento amoroso com Cleópatra e se considerou casado com ela mesmo antes da morte de sua esposa, Fúlvia. Antônio casou com a irmã de Otaviano, Otávia, em uma manobra política, mas continuou, na prática, unido à rainha do Egito, com quem teve três filhos.
Marco Antônio deteriorou sua relação com o "garoto" herdeiro de César desrespeitando a irmã dele, com quem era teoricamente casado, e proclamando Cesarião, filho de Cleópatra com Júlio César, o herdeiro verdadeiro de Roma, indo contra Otaviano.
Começou, então, uma Guerra Civil, com Marco Antônio e Cleópatra de um lado e Otaviano de outro. Foi na Batalha de Áccio que o casal perdeu, mas não seria o último conflito: o próximo ano depois dessa batalha seria cheio de confrontos inúteis, visto que Otaviano já havia vencido a guerra.
No ano 30 a.C., após ouvir que sua amada, Cleópatra, estava morta, Marco Antônio cometeu suicídio. O rumor era falso, mas, quando viu seu amado morto, a rainha também tirou sua própria vida. Depois isso, o inimigo deles deixaria de ser chamado de Otaviano e passaria a ser Augusto, o primeiro imperador romano.