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Matérias / EUA

A mulher que soltou coelhos ilegalmente e criou problema para cidade dos EUA

O estado norte-americano da Flórida possui centenas de praias, uma Disney e... Uma cidade cheia de coelhinhos!

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 22/07/2023, às 17h00 - Atualizado em 26/07/2023, às 18h00

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Imagem ilustrativa com um coelho leão - Foto por Hannes Edinger pelo Pixabay
Imagem ilustrativa com um coelho leão - Foto por Hannes Edinger pelo Pixabay

Não importa qual seja a preferência, pode ser difícil encontrar quem não goste de ter ou da ideia de adotar um pet. Existem aqueles que gostam mais de cães, outros preferem gatos, alguns que focam em ter menos trabalho optam por hamsters ou peixes... Mas se o seu preferido forem coelhinhos, os EUA possuem uma cidade ideal para você.

Isso porque, em meio ao estado da Flórida, se encontra a cidade de Wilton Maners, que agora precisa resolver uma infestação peculiar, visto que em um bairro específico, o de Jenada Isles, os moradores sofrem com um grande número de uma espécie animal exótica invasora: os coelhos leão.

Os animais, no caso, possuem esse nome por uma razão bastante sugestiva: uma pequena juba — que apenas os deixa mais fofos. Porém, como a raça foi desenvolvida para ser doméstica, muitos desses animais sofrem com a vida nas ruas, com a possibilidade constante de serem predados por gatos ou falcões, bem como não estão adaptados ao calor da Flórida.

Coelhos-leão
Coelhos-leão / Crédito: Foto por Hannes Edinger pelo Pixabay

Como chegaram às ruas?

De acordo com a Associated Press, os numerosos coelhinhos que vivem pelas ruas de Wilton Maners são todos descendentes de um pequeno grupo que, há dois anos, foi solto ilegalmente por uma criadora que se mudou da região.

O site ainda explica que, como não é qualquer veterinário que cuida de coelhos, além de que esses bichos realmente dependem de um trabalho maior para serem auxiliados, muitas pessoas até cogitam, mas logo desistem da ideia de adotar um deles. E por isso os coelhos leão se tornaram um problema: moradores reclamam que os bichinhos cavam buracos, roem fiações e deixam excrementos nas calçadas.

Além disso, também há um temor na região de que os coelhos se espalhem por comunidades vizinhas, o que representaria um perigo até mesmo para o trânsito, além de suas próprias vidas. Por isso, a prefeitura de Wilton Maners vai permitir a ação de grupos organizados, para darem um destino aos coelhos — estimados em um número que varia de 60 a 100 animais.

Outros invasores

O caso dos coelhos segue sendo uma dor de cabeça para moradores locais, ainda mais depois que a Comissão de Conservação de Pesca e Vida Selvagem da Flórida alegou que não interviria na situação de Wilton Maners. Isso porque, segundo a própria corporação, os coelhos não representam qualquer ameaça imediata para a vida selvagem da região — e de fato, existem outras espécies invasoras por ali.

Ao contrário do que ocorre com os coelhos leão, espécies locais de animais da Flórida vêm sofrendo com pítons birmanesas (uma espécie de cobra) e peixes-leão, que disputam lugar e acabam dizimando espécies nativas. Já para os humanos, os incômodos são ainda maiores: caracóis gigantes africanos comem o gesso das casas, além do risco de transmitirem doenças, e iguanas destroem diversos jardins.

Caracol gigante africano
Caracol gigante africano / Crédito: Foto por Marshman pelo Wikimedia Commons

E da mesma forma como foi com os coelhos, essas espécies invasoras começaram a se procriar desenfreadamente depois que foram soltos ilegalmente em uma região sem a existência de predadores. A própria colônia de Wilton Manors, por exemplo, cresace devido à alta reprodução desses animais, com ninhadas de 2 a 6 filhotes todo mês.