Com diferentes abordagens históricas, essas obras tocam em temas sensíveis como o valor da humanidade no mercado de trabalho, discriminação e saúde mental
Apesar dos indícios na Grécia antiga, foi apenas no século 18 que a necessidade da justiça social começou a ser reconhecida. O termo ganhou força com a Revolução Industrial, foi incorporado nas instituições e legislações pelo mundo e passou por diversas transformações.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial da Justiça Social, celebrado em 20 de fevereiro, com o intuito de propor a reflexão sobre as desigualdades.
Entre os temas importantes a serem perpetuados na data está o enfrentamento da pobreza; igualdade de direitos e dignidade, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero; o respeito às nacionalidades, etnias e regionalidades.
A literatura é uma ferramenta essencial para impulsionar a busca por equidade em todas as esferas. Por isso, separamos 9 obras que tratam de diferentes abordagens sobre justiça social. Confira!
Esta obra explora um elemento invisível, mas essencial, que impulsiona a economia global: a energia humana. Com contextualização histórica e insights envolventes, João Carlos Orquiza conecta ciência e economia, e oferece uma perspectiva transformadora sobre o papel da humanidade no capitalismo. Os leitores são convidados a repensar o poder de suas contribuições, redefinindo a energia que realmente move o mundo.
(Autor: João Carlos Orquiza | Onde encontrar: Amazon)
O jornalista brasileiro Klester Cavalcanti relata como foi preso, torturado e encarcerado enquanto cobria a guerra civil. Durante seis dias em uma cela superlotada, ele testemunha de dentro as violações de direitos humanos que sempre denunciou. Sua libertação só ocorre após a intervenção diplomática do governo brasileiro. Nesta edição atualizada, o autor reflete sobre o futuro da Síria após a queda de Bashar al-Assad.
(Autor: Klester Cavalcanti | Editora: Matrix | Onde encontrar: Amazon)
Frei Barbudo é o último sobrevivente de uma região utópica que lutou pelo respeito à diversidade apesar das ameaças do governo e de latifundiários. É neste contexto e a partir dos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade da Revolução Francesa, que o escritor Antonio Carlos Brandão traça uma narrativa profunda sobre os impactos do colonialismo e a importância de buscar um mundo mais pacífico.
(Autor: Antonio Carlos Brandão | Editora: Labrador | Onde encontrar: Amazon)
Janaína Bastos investiga como a mestiçagem influencia a identidade racial e como o racismo se manifesta de forma complexa e sutil. A autora analisa a desigualdade social a partir da forma como a cor é percebida, mostrando que privilégios e discriminação variam conforme classe, localidade e padrões de branquitude. Com base em uma extensa pesquisa, o livro expõe as contradições da democracia racial e os desafios enfrentados pelos mestiços na sociedade brasileira.
(Autora: Janaína Bastos | Editora: Matrix | Onde encontrar: Amazon)
Em uma reserva Blackfeet, o assassinato de uma jovem coloca quatro adolescentes indígenas como principais suspeitos. Enquanto tentam provar sua inocência, eles se deparam com uma realidade ainda mais cruel: o desaparecimento e a morte de mulheres indígenas, frequentemente negligenciadas pelas autoridades locais. Inspirada em casos reais, a escritora e ativista indígena K. A. Cobell denuncia neste thriller a violência contra os povos originários norte-americanos e a falta de justiça social.
(Autora: K. A. Cobell | Editora: Plataforma21 | Onde encontrar: Amazon)
Nesse romance histórico, o médico Marcelo Henrique Silva estreia na literatura recontando a epidemia da AIDS entre os anos 1970 e 1990. Como homenagem às figuras invisíveis que ajudaram a transformar a saúde pública brasileira, o autor traz como personagens uma travesti nordestina que monta o primeiro centro de acolhimento a pacientes com HIV do país, um grupo de comissários de bordo que esquematizam o contrabando de medicamentos e médicos em busca de um novo sistema de saúde.
(Autor: Marcelo Henrique Silva | Onde encontrar: Amazon)
Nesta obra, Faridah Àbíké-Íyímíd critica os sistemas opressores que falham em proteger os mais vulneráveis, e traz uma profunda reflexão sobre classes sociais. A narrativa gira em torno de Sade Hussein, que resolve investigar o desaparecimento de sua colega de quarto, Elizabeth. Ao desenvolver da trama, os leitores vão se deparar com temas bem sensíveis como abuso de mulheres, racismo, misoginia e elitismo.
(Autora: Faridah Àbíké-Íyímídé | Editora: Plataforma21 | Onde encontrar: Amazon)
Ambientada em uma pequena cidade mineira, marcada por segredos e tragédias, Madalena e seus irmãos enfrentam as cicatrizes do abandono da própria mãe e a morte do pai. Escrito por Maria Tereza Alvim, esta obra explora temas como violência doméstica, abuso infantil, negligência da saúde mental, a luta por sobrevivência em um contexto de injustiça social e a resiliência para romper com padrões de dor e sofrimento.
(Autora: Maria Tereza Alvim | Editora: Perensin | Onde encontrar: Amazon)
Reconhecido pela sagacidade em escrever crônicas mescladas com reportagens, João do Rio se inspirou nos personagens do Rio de Janeiro no século 20 para escrever crônicas sobre uma época na qual a modernidade começava a se impor. Nos textos, o escritor descreve aspectos sociais, culturais e políticos, trazendo um retrato vívido das transformações que aconteciam na então capital do país, sem esconder os problemas de miséria, urbanização e a formação das favelas.
(Autor: João do Rio | Editora: Via Leitura (Grupo Editorial Edipro) | Onde encontrar: Amazon)