Diferentes interpretações da Bíblia geraram essa dúvida entre os seus seguidores
A Bíblia menciona quatro irmãos e também um número indefinido de irmãs de Jesus. Como em: "Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas?" (Mateus 13:55). E o versículo seguinte: "Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isso?".
Até o século 3, os cristãos parecem não ter tido qualquer problema com isso. Esses eram os filhos mais jovens de Maria e José, que tiveram um casamento comum após o nascimento do messias. Foi assim até surgir, nesse século, a doutrina da virgindade perpétua de Maria.
De que ela permaneceu virgem após o nascimento de Jesus. Os irmãos então foram relegados a primos, filhos de outra Maria, tia de Jesus. Ou filhos do viúvo José em seu casamento anterior.
A Igreja Católica e algumas denominações protestantes mais tradicionais ainda ensinam assim. A maioria dos protestantes não vê problema com o casamento.
Pode até soar um bizarro puritanismo dos fundadores da Igreja, mas há um argumento interessante em defesa da virgindade perpétua. Foi quando Jesus estava na cruz: "Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa" (João 19:26,27).
A princípio, parece que Jesus confirma ter um irmão. Ou estaria ele dando um novo filho a Maria, na ausência de outros? Essa é a interpretação dos teólogos católicos desde o século 3. O papa João Paulo II afirmou ser um gesto que só faria sentido se Jesus fosse filho único.