Autora de Harry Potter foi ameaçada no Twiiter depois de condenar esfaqueamento de escritor indiano
Redação Publicado em 15/08/2022, às 10h27
Após a escritora britânica J.K. Rowling, criadora da série de livros Harry Potter, receber ameaças de morte de um internauta no Twitter, a Warner Bros. Discovery saiu em defesa da autora.
No sábado, 13, Rowling fez post na rede social em que condenava o esfaqueamento do romancista indiano Salman Rushdie, que ocorreu na sexta-feira, 12. “Notícias terríveis. Me sentindo muito mal. Que ele [Rushdie] fique bem”, escreveu.
Respondendo ao tweet, o usuário, identificado como Meer Asif Aziz, disse: “não se preocupe, você é a próxima”. Em sua descrição, ele afirmava ser estudante, ativista social, ativista político e pesquisador.
Não demorou muito para que a Warner Bros. Discovery se posicionasse sobre o caso em um comunicado à imprensa, em que condenou as ameaças à autora, defendendo sua liberdade de expressão, além de desejar uma rápida recuperação a Rushdie.
“A Warner Bros. Discovery condena veementemente as ameaças feitas contra J.K. Rowling. Estamos com ela e todos os autores, contadores de histórias e criadores que corajosamente expressam sua criatividade e opiniões”, diz a nota. "A WBD acredita na liberdade de expressão, no discurso pacífico e no apoio àqueles que oferecem seus pontos de vista na arena pública”.
“Nossos pensamentos estão com Salman Rushdie e sua família após o ato de violência sem sentido em Nova York. A empresa condena veementemente qualquer forma de ameaça, violência ou intimidação quando opiniões, crenças e pensamentos possam diferir”, acrescenta.
A polícia da Escócia já está investigando a ameaça, segundo anúncio feito ontem, 14. “Recebemos um relato de uma ameaça online sendo feita e os policiais estão realizando investigações”, informou uma porta-voz da polícia escocesa.
Com capturas de tela da mensagem ameaçadora, Rowling escreveu: “Para todos que enviaram mensagens de apoio: obrigado. A polícia está envolvida (já esteve envolvida em outras ameaças)”.
O romancista indiano Salman Rushdie estava prestes a dar uma palestra sobre liberdade artística em Nova York, nos EUA, na última sexta-feira, 12, quando foi esfaqueado por um homem que subiu no palco.
Rushdie causa polêmica desde a publicação de “Versos Satânicos” em 1988 e conta com uma “recompensa” por sua morte no Irã, com um incentivo para que muçulmanos o assassinem.
O escritor passou por uma cirurgia após o atendado, foi internado e já foi extubado, de acordo com seus agentes e amigos. O agressor, Hadi Matar, de 24 anos, foi detido e formalmente acusado por tentativa de assassinato e agressão.
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