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Notícias / Viking

Vikings estebeleceram rede de comércio em pelo menos três continentes

Segundo estudo, a rede de comércio dos Vikings não se limitava à Europa e ao Oriente Médio, mas provavelmente também incluía a Ásia Oriental

Redação Publicado em 02/10/2024, às 12h45

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Imagem ilustraativa de uma embarcação viking - Domínio Público
Imagem ilustraativa de uma embarcação viking - Domínio Público

Um estudo recente revela que os Vikings estabeleceram uma rede global de comércio de marfim, abrangendo pelo menos três continentes. Publicada na revista Science Advances, a pesquisa destaca que esse povo marítimo viajou mais de 6.000 km até o Ártico para caçar morsas como parte de suas atividades comerciais.

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A análise de DNA das morsas indica que o marfim era transportado da Groenlândia para a Europa e chegava até o Oriente Médio e Canadá. Segundo pesquisadores da Universidade de Copenhague, a rede de comércio dos Vikings não se limitava à Europa e ao Oriente Médio, mas provavelmente também incluía a Ásia Oriental.

"Nossos estudos mostram que os Vikings viajavam regularmente cerca de 6.000 km até Pikialasorsuaq, no noroeste da Groenlândia, uma área caracterizada por condições climáticas severas," afirmou Morten Tange Olsen, coautor do estudo, a The Independent.

Eles provavelmente não faziam isso por aventura, mas sim para obter essa mercadoria preciosa, que levavam para o norte da Europa e outras partes do mundo."

Com as Cruzadas dificultando o comércio de marfim de elefante através do Oriente Médio, as morsas do Ártico tornaram-se uma importante fonte desse produto. Contudo, as origens exatas do marfim das morsas comercializadas e as rotas seguidas para sua distribuição mundial permaneceram obscuras por muito tempo.

O estudo

Cientistas estudaram fragmentos de crânios de morsas obtidos em escavações de vilarejos vikings na Europa e assentamentos na Groenlândia e no Canadá. Utilizando sequências de DNA desses fragmentos, os pesquisadores criaram um mapa genético das populações árticas de morsas durante o período Viking.

A investigação revelou que os nórdicos da Groenlândia obtinham marfim das águas do Alto Ártico, "especialmente da Polínia das Águas do Norte e possivelmente do interior do Ártico canadense." A análise sugere que os antigos nórdicos mantinham mais relações comerciais com populações indígenas árticas, como as culturas Thule e Dorset, do que se pensava anteriormente.

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"Esses resultados expandem substancialmente o alcance presumido das atividades de colheita de marfim pelos nórdicos da Groenlândia e apoiam evidências arqueológicas intrigantes sobre interações significativas com os Inuit Thule," escreveram os cientistas.

O estudo destaca a notável capacidade dos Vikings para navegar e sobreviver em condições climáticas adversas, permitindo-lhes criar uma "rede global de comércio" além das fronteiras da Europa.

Os Vikings eram extremamente bem viajados e possuíam uma rede bem estabelecida que cobria uma área maior do que se acreditava anteriormente e que deve ter se sobreposto às culturas iniciais da Groenlândia e Canadá," concluiu Dr. Olsen.