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Notícias / Leilão

Um dos livros mais antigos do mundo é vendido por R$ 21 milhões

Códice Crosby-Schøyen, que remonta ao período entre os anos 250 e 350, apresenta cinco textos cristãos primitivos; saiba mais!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 11/06/2024, às 13h27 - Atualizado às 13h28

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Foto de divulgação do Códice Crosby-Schøyen - Christie's
Foto de divulgação do Códice Crosby-Schøyen - Christie's

Nesta terça-feira, 11, um leilão da Christie's vendeu um dos livros mais antigos do mundo por 3,9 milhões de dólares (algo próximo dos R$ 21 milhões). Com cerca de 1.700 anos, o Códice Crosby-Schøyen marca um período significativo da história durante os primeiros anos do Cristianismo

Escrito em copta, uma língua descendente do antigo egípcio, o códice consiste em 104 páginas (52 folhas) e apresenta cinco textos cristãos primitivos: como o Livro de Jonas e a Primeira Epístola de Pedro.

Conforme repercutido pelo Daily Mail, a Christie's classificou a escrita, que remonta ao período entre os anos 250 e 350, como "o livro mais antigo conhecido em mãos privadas [não mantido por um museu]" e "um dos primeiros livros que existem". 

O códice

Para explicar melhor, o 'códice' é essencialmente um livro antigo feito em folhas de papiro, o principal material de escrita no antigo Egito. Ele é um dos primeiros exemplos da transição do pergaminho para o livro como o conhecemos hoje.

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"É exatamente nesse período, nesse período de transição, quando o rolo de papiro começa a se transformar em códice", disse Eugenio Donadoni, especialista sênior em manuscritos medievais e renascentistas da Christie's, conforme relatado pelo Mail. 

Há evidências de que códices existiram antes, mas nenhum sobreviveu. Isso faz deste um objeto único na história do Cristianismo e da tecnologia da informação", continuou. 

O Códice Crosby-Schøyen contém cinco textos diferentes, originalmente compostos por cinco autores completamente distintos, mas todos os cinco foram copiados pelo mesmo escriba — uma pessoa que fazia cópias escritas de documentos — no século III dC.

O códice faz parte das "obras-primas de manuscritos" da Coleção Schøyen, que a Christie's afirma ser "uma das maiores e mais abrangentes coleções de manuscritos já reunidas".

"É de importância monumental como testemunho da primeira difusão do Cristianismo em todo o Mediterrâneo: os primeiros monges do Alto Egito, nos primeiros mosteiros cristãos, usavam este mesmo livro para celebrar as primeiras celebrações da Páscoa, apenas algumas centenas de anos depois de Cristo e apenas cerca de cem anos após o último Evangelho ter sido escrito", finalizou Donadoni à CNN.