O poderoso senhor foi enterrado em uma tumba monumental que contava com sacrifícios de animais, espadas e moedas de ouro; confira as fotos!
No estado de Saxônia-Anhalt, na Alemanha, arqueólogos encontraram o que consideraram a maior descoberta arqueológica dos últimos 40 anos. Eles escavaram um majestoso túmulo de um possível senhor ou príncipe germânico que morreu há 1.500 anos, durante o período da Grande Migração.
Os pesquisadores não conseguiram identificar o esqueleto do homem em questão, mas descobriram inúmeros outros objetos e ossos relevantes para a análise do local. “Ainda não encontramos o príncipe em pessoa. Mas talvez suas cinzas estejam no caldeirão de bronze. As descobertas únicas sugerem que personalidades de alto escalão foram enterradas aqui”, explicou a arqueóloga Susanne Friederich, do Landesmuseum Halle.
A característica mais curiosa do local é que foram descobertos restos mortais de pelo menos seis mulheres ao redor de um caldeirão. O porquê de elas terem sido enterradas em bizarro ordenamento permanece um mistério. Os especialistas envolvidos no trabalho não sabem ainda se elas foram mortas para acompanharem o príncipe ou se elas mesmas se sacrificaram.
Além disso, não é possível afirmar ainda se essas mulheres, enterradas em um alinhamento radial do caldeirão, tais quais ponteiros de um relógio, eram concubinas ou viúvas do indivíduo falecido.
Acredita-se que o local remonte do período entre os anos de 480 e 530 d.C. Foram encontrados ainda esqueletos de 11 animais, como gado, cães e cavalos e outros objetos valiosos dentro dos quase 60 túmulos que também enchiam o local.
“Nos túmulos, entre outras coisas, uma tigela de vidro decorada, um verticilo de fuso feito de vidro, vários clipes de manto dourados de prata, uma espada e uma saliência de escudo feita de ferro, bem como uma moeda de ouro do imperador romano oriental Zenão 480 foram encontrados”, afirmou o arqueólogo Arnold Muhl.