A descoberta da tumba intacta ocorreu durante as escavações de 66 tumbas que incluem diversas dinastias chinesas
Arqueólogos do Instituto Provincial de Arqueologia de Shanxi e do Instituto Municipal de Relíquias Culturais de Xinzhou fizeram uma descoberta monumental: uma tumba da dinastia Ming, que permaneceu intacta ao longo dos séculos.
A dinastia Ming, também conhecida como Grande Ming, reinou na China de 1368 a 1644, após o declínio da dinastia Yuan liderada pelos mongóis. O fim da dinastia Ming foi marcado pela ascensão da dinastia Shun, que foi rapidamente derrotada pelos exércitos das Oito Bandeiras da dinastia Qing, liderados pelos Manchus.
A descoberta ocorreu durante as escavações de 66 tumbas, abrangendo as dinastias Han, Tang, Jin, Yuan, Ming e Qing, localizadas perto da vila de Hexitou, no distrito de Xinfu, China.
Segundo os arqueólogos envolvidos no projeto em uma declaração ao portal Heritage Daily, a tumba datada da dinastia Ming é composta por uma câmara mortuária principal, uma antecâmara, várias passagens e nichos. Um epitáfio com escrita de selo sugere o nome do enterrado como "Príncipe de Ming Ru Hou'an".
Um portal elaboradamente esculpido emoldura a entrada da tumba, imitando uma torre de portão de madeira, decorado com um padrão floral e duas representações de dragões voltadas para fora.
Um corredor de 17 metros de extensão conduz à câmara funerária principal, onde os especialistas em arqueologia descobriram dois caixões, mobília de madeira e oferendas mortuárias bem conservadas.
Um dos caixões apresenta painéis laterais adornados com representações de pássaros e árvores, enquanto o outro exibe um padrão em formato de diamante, acompanhado por uma inscrição que menciona "Ming Gu Rong Kao Hou Ru Wang Gong".
Dentro da tumba, nichos contêm potes e vasos de porcelana, enquanto na antecâmara encontram-se altares, mesas e cadeiras de madeira, queimadores de incenso, estatuetas de madeira e uma variedade de objetos de uso cotidiano, como pincéis, utensílios e pratos.