Não foi a primeira vez, no entanto, que o político republicano trocou farpas com integrantes da equipe norte-americana
Na semana passada, a seleção feminina de futebol dos Estados Unidos conquistou uma medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio. O problema é que muitos norte-americanos esperavam pelo ouro, incluindo o ex-presidente Donald Trump.
O político republicano usou a ocasião para criticar as jogadoras da equipe, afirmando que suas visões de mundo seriam a razão por trás do terceiro lugar na competição.
Se nossa seleção de futebol, liderada por um grupo radical de maníacas esquerdistas, não fosse tão engajada, teria ganho o ouro em vez do bronze. Engajada significa que você perde, tudo que é engajado está errado, e nossa seleção de futebol certamente está”, afirmou Trump, segundo O Globo.
O político usou o termo "woke" para se referir às atletas, uma gíria norte-americana usada para se referir a alguém engajado, que se interessa por causas sociais, falando contra o racismo, machismo, homofobia e outras formas de preconceito, por exemplo.
Vale comentar que o empresário já trocou alfinetadas com uma das integrantes do time feminino de futebol, a aclamada Megan Rapinoe, que ganhou da FIFA o título de “Melhor Jogadora do Ano” durante a Copa do Mundo de 2019.
Na época, a atleta afirmou que rejeitaria a oportunidade de visitar a Casa Branca no caso de ganhar o mundial. O motivo da recusa seria sua discordância em relação às políticas de Trump. O republicano não gostou da afirmação e retrucou, dizendo que “Megan deveria vencer antes de falar. Termine o serviço”, segundo narrou o UOL, em 2019.
Rapinoe acabou realmente 'terminou o serviço', ganhando destaque internacional com sua atuação na competição e usando seu discurso para falar sobre a discriminação contra a comunidade LGBT+, do qual faz parte, e outras minorias nos EUA.
Na última semana, Trump seguiu com suas crítias ao time femino e, na ocasião, se referiu à jogadora novamente, dessa vez como “mulher de cabelo púrpura”.
A mulher com cabelo púrpura jogou muito mal e perde tempo demais pensando em políticas radicais de esquerda, sem fazer seu trabalho", afirmou o ex-presidente.
"Eles deveriam substituir as engajadas por patriotas e voltar a ganhar novamente”, finalizou o republicano, que deixou a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2021, após perder as acirradas eleições contra o democrata Joe Biden.