Segundo a BBC, os extremistas buscam apoio popular por meio de publicações
Ao longo do processo de conquista do território afegão, o Talibã utilizou suas redes sociais para exaltar o seus próprios feitos e destacar os supostos fracassos do governo pró-Ocidente, até então no poder em Cabul. Porém, no passado, o mesmo grupo proibiu o uso da internet no país. Conforme a BBC News, essa utilização das redes é uma nova estatégia de limpar a imagem do grupo extremista.
Segundo a fonte, no decorrer da tomada do território, foram publicados tuítes que promoviam hashtags como #crimesdoregimedeCabul ou mesmo #estamoscomTaleba. Na época, o então vice-presidente, Amrullah Saleh, advertiu a população para que não acreditasse naquelas falsas alegações de vitória dos fundamentalistas, chegando a pedir que as pessoas não compartilhassem aquele conteúdo.
Conforme o site, ao que tudo indica, o posicionamento do Talibã em relação às novas tecnologias hoje é bem diferente do que era na década de 1990. Na época, o grupo baniu a internet e confiscou aparelhos de TV, câmeras e gravações de vídeo. Hoje, porém reconhece sua importância.
A mudança começou a ser observada no ano de 2005, quando os extremistas criaram o site oficial do Emirado Islâmico do Talibã, "Al-Emarah", o qual publica conteúdo em inglês, árabe, pachto, dari e urdu. Hoje, Qari Saeed Khosty é o responsável por gerenciar os perfis.
Ele explicou à BBC que a equipe se divide entre aqueles que buscam popularizar hashtags no Twitter e aqueles que focam no Whatsapp e no Facebook.
"Nossos inimigos têm TV, rádio, contas verificadas nas redes sociais e nós não temos nada, e mesmo assim nós lutamos contra eles no Twitter e no Facebook e os derrotamos", declarou Khosty.