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Notícias / Submarino

Submarino Titan: ex-funcionário teria alertado sobre problemas de segurança

Submersível utilizado para viajar até os destroços do navio Titanic está desaparecido desde domingo

por Giovanna Gomes
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Publicado em 21/06/2023, às 08h29

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O ex-funcionário David Lochridge - Divulgação / OceanGate Expeditions
O ex-funcionário David Lochridge - Divulgação / OceanGate Expeditions

Documentos de Justiça revelaram que um ex-funcionário da OceanGate, empresa que realiza expedições para os destroços do Titanic em um submarino, teria alertado a companhia sobre problemas de segurança do submersível que desapareceu no Atlântico Norte no último domingo. As informações são da revista The New Republic.

David Lochridge, que era piloto de submersível e diretor de operações marítimas na época, levantou preocupações sobre a capacidade do submarino de descer a profundidades extremas e acabou sendo demitido pela empresa. O caso remonta a 2018.

De acordo com o portal de notícias UOL, Lochridge era responsável pela segurança da tripulação e dos clientes, e suas preocupações resultaram em um caso de quebra de contrato, pois ele se recusou a autorizar testes tripulados nos primeiros modelos do veículo.

Processo

A OceanGate processou Lochridge por divulgar informações confidenciais após sua demissão. Por sua vez, o ex-funcionário contestou a rescisão do contrato, alegando ser um denunciante das questões de qualidade e segurança do submersível.

Segundo a revista norte-americana, um trecho do documento afirma: "Em vez de abordar as preocupações de Lochridge, a OceanGate rescindiu sumariamente o contrato, nos esforços para silenciar Lochridge e evitar abordar as questões de segurança e controle de qualidade".

Preocupações sobre segurança

No processo, o profissional também descreveu uma reunião de engenheiros da empresa na qual outros funcionários expressaram preocupações sobre a segurança do submersível. Segundo ele, o CEO da OceanGate, Stockton Rush, solicitou uma inspeção de qualidade, mas Lochridge afirmou ter sido recebido com "hostilidade e negação acesso à documentação necessária".

O processo também revelou que o piloto recebeu informações de que a janela de visualização do veículo estava certificada para suportar pressões de até 1,3 mil metros, enquanto a intenção da empresa era levar a expedição até o naufrágio do Titanic, a 3,8 mil metros de profundidade. Além disso, os passageiros não teriam sido informados sobre o uso de materiais inflamáveis dentro do submersível.

De acordo com relatos do processo, o caso entre o ex-funcionário e a empresa não avançou muito e, passados poucos meses, as duas partes chegaram a um acordo.