O LEXI, robô da NASA, será lançado em 15 de janeiro para estudar a magnetosfera e a Lua, utilizando raios X para capturar imagens
Está previsto para a próxima quarta-feira, 15, o lançamento do Lunar Environment Heliospheric X-ray Imager, apelidado de LEXI, um robô da NASA equipado com sensores de raios X que será enviado à Lua como parte do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS).
O lançamento ocorrerá a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, Estados Unidos, com a expectativa de que a missão esteja em operação ainda neste mês de janeiro. LEXI irá capturar imagens inéditas da magnetosfera terrestre, a barreira magnética que protege o planeta.
De acordo com o portal Galileu, o robô faz parte de uma carga que inclui outros nove instrumentos científicos, todos a bordo da sonda Blue Ghost 1, desenvolvida pela empresa privada Firefly Aerospace. A missão, além de estudar a magnetosfera, tem como objetivos investigar o fluxo de calor do interior lunar e analisar os campos elétricos e magnéticos da crosta do satélite.
Assim que pousar na superfície lunar, LEXI será ativado, ajustará sua temperatura e direcionará seu foco de volta para a Terra, iniciando um período de seis dias de observação.
LEXI utilizará raios X de baixa energia para capturar imagens refletidas na superfície lunar. Essa reflexão ocorre quando o vento solar, composto por partículas emitidas pelo Sol, interage com o campo magnético terrestre, gerando perturbações na magnetosfera.
A missão busca compreender como essa camada protetora reage às condições do clima espacial e outros fatores cósmicos, além de investigar como partículas solares carregadas podem penetrar essa barreira, representando possíveis riscos à infraestrutura terrestre e espacial.
O astrofísico Hyunju Connor, do Goddard Space Flight Center da NASA e líder da missão, destacou a novidade dessa observação: “Esperamos ver a magnetosfera expirando e inspirando, pela primeira vez”. Ele explicou que, quando o vento solar é intenso, a magnetosfera encolhe em direção à Terra e, ao enfraquecer, se expande novamente, como se estivesse “respirando”.
A equipe também estudará o fenômeno de reconexão magnética, em que as linhas de campo magnético da magnetosfera se fundem com as do vento solar, liberando partículas altamente energéticas responsáveis por formar as auroras boreais.
Além de seu impacto visual, esse processo pode danificar satélites e interromper sistemas de comunicação, tornando sua compreensão essencial para a proteção tecnológica.
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