Governo chinês afirma que vírus não é novo e que a situação está sob controle, enquanto a OMS não identifica padrões de surtos incomuns
Diante do aumento de casos de metapneumovírus humano (HMPV) na China, o Ministério das Relações Exteriores do país saiu em defesa de suas ações e tranquilizou a comunidade internacional. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 10, o porta-voz Guo Jiakun afirmou que o governo chinês mantém uma comunicação próxima com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e que a situação está sendo monitorada de perto.
Guo Jiakun ressaltou que o HMPV não é um vírus novo e circula em humanos há mais de 60 anos. "O governo chinês leva a sério a saúde de seu povo e a dos estrangeiros na China, mas é importante manter a calma e não criar pânico", disse o porta-voz na coletiva. "É alarmista exagerar os vírus comuns como vírus desconhecidos, o que vai contra o senso comum científico."
O porta-voz chinês reforçou que a maioria dos casos de HMPV se manifesta como uma doença autolimitada, ou seja, o próprio organismo consegue combater a infecção sem a necessidade de tratamento específico. Essa informação também foi corroborada pela OMS, que em comunicado na última terça-feira, 7, afirmou estar em contato com as autoridades de saúde chinesas e que não havia recebido nenhum relato de padrões incomuns de surtos.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China, por sua vez, confirmou que os casos de HMPV permanecem em níveis elevados, mas ressaltou que essa situação está em linha com o observado em outras partes do hemisfério norte durante a temporada de inverno.
O aumento de casos de HMPV na China gerou preocupação em diversos países, principalmente após a experiência com a Covid-19. No entanto, as autoridades chinesas e a OMS buscam tranquilizar a população e a comunidade internacional, enfatizando que a situação está sob controle e que não há motivos para alarmismo.
Segundo o UOL, é importante destacar que o HMPV é um vírus respiratório sazonal e que, embora possa causar sintomas gripais, a maioria dos casos é leve e não requer tratamento hospitalar.
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