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Notícias / Bizarro

Os médicos são condenados por deixarem paciente sangrando para 'saírem para beber'

Dois médicos na Malásia foram condenados a pagar indenização milionária à família de paciente na Malásia que morreu após sofrer negligência

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 10/01/2025, às 17h00

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Ala de internações de hospital - Wikimedia Commons (imagem meramente ilustrativa)
Ala de internações de hospital - Wikimedia Commons (imagem meramente ilustrativa)

Dois médicos na Malásia foram condenados a pagar RM6 milhões (aproximadamente R$ 7.5 milhões) à família de uma mulher que faleceu devido a uma hemorragia pós-parto, após um dos profissionais deixar o hospital para buscar uma bebida.

Punitha Mohan, de 36 anos, morreu em 9 de janeiro de 2019, na Clínica e Centro de Parto Shan, em Klang, Selangor, logo após dar à luz seu segundo filho.

Na última quinta-feira, 9, o Tribunal Superior de Klang responsabilizou os médicos Muniandi Shanmugam e Akambaram Ravi, além de três enfermeiras de plantão, pela negligência médica que culminou na morte de Mohan.

A juíza Norliza Othman declarou que as duas obstetras, apesar de sua experiência, falharam em garantir que a paciente estivesse fora de perigo antes de deixá-la sob os cuidados das enfermeiras.

A juíza destacou que a hemorragia pós-parto, caracterizada por perda excessiva de sangue após o parto, é uma complicação que pode ocorrer em qualquer mulher, mas cuja vida pode ser salva com intervenção médica oportuna.

Segundo o processo judicial, Mohan deu à luz por volta das 10h30 sob os cuidados do Dr. Após o nascimento, as enfermeiras cuidaram do bebê da família enquanto Mohan permaneceu na sala de parto.

Pouco depois, a situação se agravou: Mohan começou a gritar, levando sua mãe a entrar na sala, onde encontrou a filha perdendo grande quantidade de sangue.

Na Justiça

O julgamento revelou que o Dr. Ravi informou à família que era necessário inserir a mão dentro da paciente para remover a placenta, um procedimento que poderia provocar inchaço e sangramento excessivo.

No entanto, o médico deixou a clínica, garantindo à família que não havia motivo de preocupação. Em seu depoimento, ele afirmou que saiu "apenas para tomar uma bebida" e planejava retornar em breve.

A família também relatou que o Dr. Shanmugam, proprietário da clínica, foi visto saindo da sala de parto, deixando Mohan sob os cuidados de três enfermeiras. Quase duas horas após o parto, as enfermeiras procuraram ajuda e acionaram um hospital próximo. Mohan foi socorrida, mas faleceu por volta das 17h25, após ser submetida a uma cirurgia.

O tribunal determinou que os dois médicos pagassem RM6 milhões à família de Mohan, incluindo RM1 milhão para cada um dos dois filhos da paciente. A juíza enfatizou que uma tragédia poderia ter sido evitada se os médicos tivessem cuidado com responsabilidade e cumprissem seus deveres específicos.

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