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Noruega reativa construção de abrigos antiaéreos em meio a tensões de guerra

País nórdico busca aumentar a preparação para crises e conflitos, impulsionados pela guerra na Ucrânia, alegando proteção contra conflitos

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Publicado em 10/01/2025, às 14h50

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Abrigo antiaéreo desativado - Reprodução/Wikimedia Commons
Abrigo antiaéreo desativado - Reprodução/Wikimedia Commons

A Noruega anunciou nesta sexta-feira, 10, uma medida que remete à Guerra Fria: a obrigatoriedade da construção de abrigos antiaéreos em novos edifícios. A decisão faz parte de um pacote de cem medidas propostas pelo governo para fortalecer a segurança nacional e a preparação para crises, em um contexto marcado por crescentes tensões geopolíticas.

A ministra da Justiça norueguesa, Emilie Enger Mehl, responsável pelas situações de emergência, justificou a medida em coletiva: "No futuro, devemos levar em conta e nos preparar para lidar com crises e guerras". A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, foi citada como um dos principais motivadores para a mudança de postura.

A Noruega, vizinha da Rússia e membro da OTAN, havia abandonado a exigência de abrigos antiaéreos em 1998, após o fim da Guerra Fria. No entanto, o governo de centro-esquerda argumenta que a atual conjuntura internacional exige uma maior vigilância e preparação.

Outras medidas

Além da construção de abrigos, o plano prevê outras medidas como o aumento do número de reservistas da Defesa Civil, a busca por maior autossuficiência alimentar e o fortalecimento da cibersegurança. O governo também expressou preocupação com a aquisição de terras por estrangeiros, especialmente em áreas próximas a instalações militares, e pretende implementar medidas para controlar esse processo.

"Não há nenhuma ameaça militar iminente contra o território norueguês", afirmou o primeiro-ministro Jonas Gahr Støre, durante a coletiva. No entanto, o governo reconhece a necessidade de se preparar para uma ampla gama de ameaças, incluindo sabotagem, operações híbridas, ataques cibernéticos, pandemias e eventos climáticos extremos.

Segundo o UOL, o projeto de lei ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento, onde o governo não possui maioria. Espera-se que os partidos de oposição apresentem emendas ao texto original.

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