Arqueólogos encontram esqueletos humanos inteiros, além de centenas de ossos de animais
Arqueólogos e estudantes da Universidade de Bournemouth, Inglaterra, divulgaram um instigante estudo na sexta-feira, 1°, acerca dos restos de indivíduos pré-históricos e de animais mortos, descobertos em um assentamento da Idade do Ferro em Dorset.
Os pesquisadores acharam o assentamento em 2021, na vila de Winterborne Kingston. O lugar, datado de 100 a.C. contém poços e ruínas de casas redondas típicas da Idade do Ferro.
As escavações duraram três semanas, culminando na descoberta de corpos de pessoas, animais e poços usados para armazenar grãos.
Para o arqueólogo líder dos trabalhos, Miles Russell, os bichos serviam principalmente como alimento, porém, também não é descartada a ideia de que também eram usados como um “sacrifício significativo” aos deuses.
Em alguns poços, partes de animais foram colocadas sobre e junto com outros animais. Por exemplo, encontramos uma cabeça de vaca no corpo de uma ovelha. Não sabemos por que eles teriam feito isso, para nós é francamente bizarro, mas é uma nova visão fascinante de seus sistemas de crenças” avalia o profissional em uma anotação do estudo.
Além dos achados de formas de vidas, a equipe descobriu alguns artefatos, como cerâmicas e joias. “Algumas das descobertas mais emocionantes que fizemos na escavação incluem um anel que encontramos no dedo de alguém em um enterro. É uma liga de cobre, talvez bronze, e é bom descobrir que anéis dessa idade não são comuns”, diz Nathan Sue, estudante que limpou e preservou alguns dos achados.
Os restos foram redescobertos em posições similares a alguém agachado em covas ovais, como se estivessem “tentando se proteger de algo”, além de enterrados com pedaços de carne e tigelas de cerâmica, que apresentavam bebidas.
Sítios em Dorset do final da Idade do Ferro são únicos porque as comunidades aqui enterravam seus mortos em cemitérios definidos. Em outros locais do país não acontecia o sepultamento, e sim, a cremação ou até mesmo, jogavam os corpos nos rios”, acrescenta Russell no final do artigo.
Você pode conferir o estudo completo neste link;