Os ossos do indivíduo jovem ajudaram pesquisadores a entender mais sobre a evolução dos homininos
Em escavações realizadas nos anos de 2013 e 2014, arqueólogos encontraram um raro esqueleto sob uma caverna da África do Sul. Como os ossos do indivíduo ainda não estavam totalmente desenvolvidos, chegou-se à conclusão de que se tratava de um jovem da espécie Homo naledi, que viveu há 250 mil anos atrás.
A maioria dos restos mortais de hominídeos já descobertos são de adultos, o que fez com que o achado se tornasse muito raro — e importante. Por meio de análises do esqueleto do Homo naledi, os pesquisadores poderão entender mais sobre o crescimento e desenvolvimento da espécie.
“Restos imaturos são críticos para a compreensão dos processos maturacionais em espécies de hominídeos, bem como para interpretar as mudanças no desenvolvimento ontogenético da evolução dos hominíneos. O estudo desses sujeitos é dificultado pelo fato de que restos juvenis associados são extremamente raros no registro fóssil de hominídeos”, escreveram os arqueólogos Debra R. Bolter, Marina C. Elliott, John Hawks e Lee R. Berger em artigo publicado na revista acadêmica PLOS ONE.
Ainda assim, o fóssil é parcial. De acordo com o estudo, foram encontrados 16 elementos pós-cranianos e uma mandíbula parcial no local. Os pesquisadores sugerem ainda uma possível idade na qual o indivíduo teria morrido: entre 8 e 11 anos de idade.