De acordo com os pesquisadores, o projeto tem como objetivo reconhecer a herança de africanos e afro-americanos em Rhode Island
Estudantes de arqueologia da Universidade Brown estão trabalhando em uma missão que tem como objetivo preservar e reviver histórias de pessoas livres e escravos que foram enterrados em um dos cemitérios mais antigo de Newport, em Rhode Island, nos Estados Unidos.
O local foi o descanso final de diversos africanos e afro-americanos entre 1720 e 1990. Os estudantes Alex Marko, Dan Plekhov e Miriam Rothenberg descobriram uma forma de registrar as informações de mais de 600 corpos que foram enterrados no território. Dessa maneira, eles estão utilizando fotografia dimensional e imagens aéreas de drones para criar um mapa interativo.
“Estamos criando um recurso que permitirá que qualquer pessoa procure e localize pessoas que morreram em um ano específico ou que vieram de uma família específica. A cidade já planeja usar esse recurso em seus esforços de conservação. A cidade já tem passeios a pé aqui; agora eles podem adicionar novas informações e distribuir mapas”, afirmou Marko.
De acordo com os pesquisadores, grande parte da riqueza, capital e influência desse estado foram construídos através do comércio de escravos, mas essa não é a história que tende a ser enfatizada.
“Muitas das pessoas que estão enterradas aqui não foram marcadas no registro histórico. Não temos imagens deles ou palavras escritas em suas próprias mãos. É isso que nós temos", afirmou o time de pesquisadores em comunicado. "Preservar as informações neste cemitério é um passo importante para reconhecer e celebrar a herança de africanos e afro-americanos em Rhode Island”.
O projeto será disponibilizado ao público para permitir que todos possam procurar as informações de alguma pessoa que foi enterrada no local ou até mesmo sobre familiares perdidos.