Após ter se mantido exilado nos EUA por anos, Jamal Khashoggi foi morto em visita ao consulado da Arábia Saudita na Turquia
Recentemente Hatice Cengiz, noiva de Jamal Khashoggi, jornalista saudita assassinado no início de outubro deste ano em um consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, entrou com um processo contra o príncipe herdeiro, acusando-o de ter sido o culpado pela morte do noivo.
Desde 2017, Jamal havia se exilado por escolha própria nos Estados Unidos, onde escrevia uma coluna mensal para o Washington Post fazendo críticas às políticas do governo saudita, que está atualmente nas mãos do príncipe Mohammed Bin Salman. Antes disso, havia sido por décadas um conselheiro real.
Em 2 de outubro, o jornalista foi ao consulado saudita em Istambul com o objetivo de buscar documentos para conseguir realizar seu casamento com Hatice Cengiz, onde foi assassinado de forma brutal por uma suposta “equipe de negociações” enviada ao local para levá-lo de volta à Arábia Saudita. Segundo a promotoria turca, ele teria sido sufocado, e então tido seu corpo destruído.
Após anunciar o processo contra o príncipe saudita, que negou ter qualquer envolvimento com a morte do jornalista, Cengiz disse em comunicado que: “Jamal acreditava que tudo era possível na América e eu confio no sistema de justiça civil americano para obter uma medida de justiça e responsabilidade”.