Entenda por que um tribunal americano investiga o uso de drogas por parte do filho da princesa Diana depois de anos
Na última sexta-feira, 23, o um tribunal nos Estados Unidos sediou uma audiência para investigar o visto americano do Príncipe Harry, após ele ter afirmado que já usou drogas em sua autobiografia ‘O que sobra’, de 2023.
O processo foi aberto pela The Heritage Foundation, uma instituição americana conservadora, que pede acesso aos documentos de visto do filho caçula do Rei Charles III. A organização, fundada em 1973, quer verificar se Harry declarou ter usado drogas no formulário de solicitação do visto estadunidense.
Conforme repercutido pelo UOL, o interesse da The Heritage Foundation nos documentos do príncipe surgiram quando ele admitiu em sua autobiografia já ter usado cocaína, cogumelos e maconha, que segundo ele foram para fins recreativos e terapêuticos.
No processo, a fundação Heritage argumenta que Harry deveria ter seu pedido de visto americano negado, caso tenha admitido o uso de drogas durante o processo de solicitação. Segundo a lei americana, o vício ou abuso de drogas podem impedir a obtenção de um visto, ou green card. No entanto, ex-dependentes podem ser aprovados se demonstrar que estão em remissão por pelo menos um ano.
Na audiência da última sexta-feira, 23, o advogado que representa Harry no Departamento de Segurança Interna argumentou que o livro não pode ser usado como prova, além de defender que expor os documentos seria uma violação da privacidade do príncipe.
Um livro não é um testemunho sob juramento ou prova. Dizer algo em um livro não faz com que isso seja, necessariamente, verdade. Os tribunais consistentemente sustentam que o visto ou status de imigração de uma pessoa é uma informação privada e particular, isenta de divulgação", disse o representante legal.
A sessão terminou sem a divulgação dos documentos de imigração de Harry. Uma decisão acerca deste caso será feita nas próximas semanas.