O governo chinês negou que haviam testado um míssil, porém a possibilidade assustou os americanos
Em agosto desse ano, 2021, a China teria testado uma nova arma de destruição em massa, um míssil hipersônico com capacidade nuclear — que conseguiu circular a Terra.
Segundo relato do jornal americano Financial Times em 16 de outubro, o dito míssil pode ter sido equipado com uma ogiva nuclear e fez sua rota a uma órbita baixa do planeta, sendo, desta maneira, mais difícil de ser rastreado. Além disso, o lançamento foi feito por meio de um foguete Long Marche, que é de desenvolvimento bélico chinês.
O teste foi mantido em segredo, segundo a publicação, e a arma lançada errou seu alvo em cerca de 38 quilômetros.
Ainda assim, o experimento surpreendeu o governo dos Estados Unidos, que vinham menosprezando o crescimento militar da China.
Uma fonte anônima da inteligência americana até comentou sobre a confusão ao jornal previamente citado: “Nós não temos ideia como eles fizeram isso”.
O possível míssil chocou as autoridades americanas devido à política cada vez mais hostil que o governo Biden tem adotado em relação à China.
No entanto, Liu Pengyu, representante da embaixada chinesa nos EUA, apontou que a China não tem mentalidade de competição bélica, afirmando ao Financial Times: “Nós não temos uma estratégia global ou planos de operações militares como os EUA. E não estamos interessados em ter uma corrida de armamentos com outros países”.
Hoje, no entanto, 18 de outubro, o governo chinês, mais especificamente o Ministério de Relações Internacionais, negou a acusação do teste, afirmando que o suposto míssil na verdade era um "veículo espacial", como disse o representante Zhao Lijian segundo a cobertura do jornal Aljazeera.