Entenda por que, mesmo a caixa-preta sendo quase indestrutível, um avião não pode ser fabricado com o seu material
Redação Publicado em 13/08/2024, às 17h35 - Atualizado às 19h22
Na última sexta-feira, 9, a queda de um avião turboélice ATR-72 da companhia Voepass em um condomínio na cidade de Vinhedo (SP) deixou 62 mortos, incluindo todos os passageiros e tripulantes a bordo. As autoridades de São Paulo e do Paraná, estado de origem do voo, estão em uma intensa investigação para determinar as causas do acidente, focando principalmente na análise das caixas-pretas da aeronave.
As caixas-pretas, equipamentos essenciais para a investigação de acidentes aéreos, são projetadas para resistir a impactos extremos e altas temperaturas. Embora chamadas de "pretas", são, na verdade, laranja para facilitar a localização entre os destroços. Elas armazenam informações cruciais como os parâmetros do voo, condições meteorológicas e diálogos na cabine, fornecendo um panorama detalhado dos eventos que antecederam a tragédia.
Além de ajudar a desvendar as causas do acidente, as caixas-pretas também levantaram questionamentos nas redes sociais sobre a construção das aeronaves. Muitos se perguntaram por que não se utiliza o mesmo material ultrarresistente das caixas-pretas na fabricação das fuselagens dos aviões.
Especialistas explicam que o uso de metais pesados como titânio tornaria os aviões centenas de vezes mais pesados, afetando negativamente a aerodinâmica e o consumo de combustível.
Segundo a 'Revista Galileu', a construção de aviões com materiais mais leves, como plásticos e polímeros compostos de fibra de carbono, segue as leis da física descritas por Isaac Newton. Essas leis explicam que uma maior massa do avião resultaria em uma queda mais rápida e em um impacto mais severo, transferindo maior força para os passageiros, aumentando o risco de lesões graves.
